BAI defende abordagem integrada dos desafios ambientais, sociais e de governação em Angola

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A Administradora Executiva do Banco Angolano de Investimentos (BAI), Inokcelina de Carvalho, defendeu que o sistema financeiro deve ter uma abordagem integrada dos desafios Ambientais, Sociais e de Governação (ESG, na sigla em inglês).

As declarações foram feitas num painel sobre “A Banca e os desafios ESG”, tema central do evento “Angola Banking Conference”, promovido em Luanda pela revista Economia & Mercado e a consultora PwC.

O BAI incluiu os desafios ESG no Programa de Transformação Estratégica 2022–2027. Durante o “Angola Banking Conference”, a Administradora Executiva do Banco, Inokcelina de Carvalho, comentou que esta inclusão está a reforçar o forte compromisso do BAI em matéria de sustentabilidade e governação, áreas às quais a instituição financeira dá uma especial atenção desde a sua origem.

“Relativamente aos desafios ESG, definimos já os eixos de actuação”, avançou Inokcelina de Carvalho, “O BAI conta com uma Comissão de Governação e Sustentabilidade desde 2021, porque estas são questões que sempre estiveram no DNA do banco e que estão até inscritas na nossa missão, que prevê cuidados com o cliente, com os accionistas e restantes partes interessadas”.

Segundo a Administradora Executiva do Banco, “o mercado angolano sempre olhou isoladamente para esta questão, mas os três eixos ESG relacionam-se e complementam-se, por isso devem ser vistos como um todo. Até agora, o tema ambiental tem sido tratado de forma mais ténue, ao contrário das vertentes sociais e de governação, onde já foram dados passos relevantes”.

Os “benefícios de uma estratégia ESG que se adeque ao perfil da nossa economia”, podem ser “altamente relevantes para todos, levando-nos a ter uma sociedade mais responsável e saudável e ajudando o país a cumprir as metas que assumiu para 2030, no contexto dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, defendeu Inokcelina de Carvalho.

“Se a banca tiver que ser o motor deste processo, o BAI está preparado para o fazer e já tem muitas acções em curso”.

Resultados e expectativas

Na “Angola Banking Conference”, a Administradora Executiva do BAI e representantes de outros bancos comerciais angolanos examinaram também o actual momento do sector no país e no mundo.Segundo Inokcelina de Carvalho, apesar do “recuo no resultado líquido do BAI no ano passado”, os resultados “foram bons” e “todos os rácios estiveram de acordo com o orçamento”.

Para 2023, “o BAI espera muito mais”, apesar da actual instabilidade do sector financeiro internacional, com a falência de um banco nos Estados Unidos da América, outros dois em situação crítica, e o efeito ‘dominó’ que afecta já a banca europeia. “A última semana tem sido dramática”, reconheceu Inokcelina de Carvalho. “Ainda não percebemos o impacto desta situação que poderá resultar numa nova crise financeira, mas não temos como dizer que não nos vai afectar, porque estamos globalizados. Ao mesmo tempo, começamos a receber informação que o preço do petróleo, a principal fonte de receitas do país, está a baixar consideravelmente, um cenário que pode ser preocupante. Vai ser um 2023 desafiante”, concluiu.

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