CCIPA reúne empresários e governantes para debater o futuro empresarial de Angola e Portugal

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Promover a aproximação com empresários de alto nível de Portugal e Angola, criar novas parcerias e joint ventures, explorar oportunidades de investimento e negócios nos dois países e aprofundar o conhecimento sobre o mercado angolano e as suas potencialidades, foram os grandes objectivos do VII Encontro Empresarial Portugal | Angola, promovido esta tarde, em Luanda, pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Angola (CCIPA).

“Acreditamos que os bons negócios e as relações sólidas nascem da confiança. Por isso, neste encontro, procurámos criar um ambiente propício a um maior conhecimento e interacção entre profissionais de diferentes áreas, construindo ainda mais pontes entre Angola e Portugal. Na CCIPA, enquanto catalisadores de oportunidades, actuamos em diversas frentes para fortalecer as relações empresariais entre os dois países, tendo este evento sido mais um passo nessa direcção”, explicou João Luís Traça, Presidente da CCIPA.

Ainda que, ao longo dos mais de 35 anos da CCIPA, as “economias angolana e portuguesa tenham atravessado diferentes ciclos, as relações empresariais e comerciais entre os dois países sempre foram sólidas e multifacetadas”, garantiu João Luís Traça. 

“Os desafios sentidos hoje pelas empresas angolanas e portuguesas não se devem às relações entre elas, mas sim ao actual ciclo económico da economia angolana. Nos últimos anos, esta economia tem registado um crescimento modesto, o que tem impacto na economia em geral, não só ao nível cambial e orçamental, mas também no que toca às oportunidades para colaboração empresarial. Não obstante, apesar dos desafios conjunturais, melhores tempos certamente virão”, sublinhou o Presidente da CCIPA.

Sobre o início de um novo ciclo político em Portugal, acredita que “poderá ser uma oportunidade para melhorar o que já está bem, impondo-se a criação de mais condições para as empresas portuguesas investirem nos sectores em que se estima que a economia angolana registe um maior crescimento nos próximos anos”.

Para João Luís Traça, o Turismo, a Agricultura, a Educação e as Infra-estruturas são os quatro sectores que “representam pilares fundamentais para o crescimento sustentado de Angola”, sendo que “ao investir nestes pilares estratégicos, o país está a criar as condições necessárias para um crescimento económico sustentado, a geração de emprego, a diversificação da economia e a melhoria da qualidade de vida da população”.

Recordando ainda que, desde o dia da sua fundação, a missão da CCIPA tem sido “estimular as relações comerciais entre empresas portuguesas e angolanas”, João Luís Traça reafirmou a vontade e o compromisso de “juntos, construirmos um futuro ainda mais próspero para Angola e Portugal”.

O evento contou com a presença do Embaixador de Portugal em Angola, que destacou igualmente as relações comerciais e empresariais entre os dois territórios. “Temos muitas empresas luso-angolanas, mais de 1.250 empresas portuguesas, as nossas trocas comerciais estão bem acima dos dois mil milhões de euros, e somos o segundo maior fornecedor. Também investimos e temos uma importante ferramenta, a linha de financiamento, que importa diversificar. Ir além das obras públicas e apostar na agricultura, turismo e formação técnico-profissional”, afirmou Francisco Alegre Duarte, sublinhando a importância da formação do capital humano pelo sector privado.

Francisco Alegre Duarte reconheceu ainda que “este tem sido um ano desafiante”. “Estamos conscientes das dificuldades que os empresários têm enfrentado. O Governo  português está informado e sabemos os desafios que temos tido, como a instabilidade cambial, o difícil acesso a divisas. Mas estamos cá para vos ajudar a ultrapassar esses desafios. Angola é uma aposta que vale a pena. As relações entre Portugal e Angola são fundamentais e o trabalho das empresas portuguesas e luso-angolanas é muito importante”, concluiu.

Por sua vez, Anatólio Domingos, Director do Gabinete Jurídico e Intercâmbio do Ministério da Indústria e Comércio, afirmou que “os números não reflectem os laços empresariais entre os dois povos, nem a intenção de investimento que existe. Portugal tem soluções de financiamento e nós temos mercado e a possibilidade de decisão dessas soluções de financiamento”.

Anatólio Domingos destacou ainda a importância da criação de oportunidades de networking e contacto entre os empresários portugueses e angolanos, enaltecendo a promoção do Encontro Empresarial Portugal | Angola.

O VII Encontro Empresarial Portugal | Angola contou com o alto patrocínio da Fidelidade, Espaços, MDS, Nossa Seguros, Tranquilidade e BFA. Foram igualmente patrocinadores a Angonabeiro, Atântico, BIC Seguros, ENSA, CASAIS, Omatapalo, PWC e Telhabel.

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