O Banco Mundial aprova um empréstimo de cerca de 500 milhões de Dólares a Angola, para financiar o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2024 e 2025. A revelação é do ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, que chefiou uma delegação ministerial que participou nas reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
O ministro angolano do Planeamento qualificou de “proveitosas” as reuniões do Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI), que encerraram nesta sexta-feira, uma vez que permitiram fazer uma revisão da carteira de financiamento de Angola.
Victor Hugo Guilherme, o titular da pasta, sublinhou ainda que o governo está a negociar com o Banco Mundial mais um financiamento para apoiar o sector empresarial privado em várias áreas de actuação.
“Trabalhamos com o Banco Mundial. Fizemos uma revisão da nossa carteira, colocamos alguns desafios ao Banco Mundial, no sentido de aumentar a carteira de apoio ao país, financiar mais projectos, mas isto também não significa que o Estado vai se endividar mais. Nós solicitamos financiamentos de mais projectos, mas direccionados ao sector privado, porque achamos que a contribuição do sector privado à nossa banca não tem fundos suficientes e o Banco Mundial pode ser o caminho, para reforçar este apoio ao sector privado em várias áreas”, sinalizou o ministro.
Segundo o governante, dentro de um mês, o Banco Mundial vai disponibilizar cerca de 500 milhões de Dólares a Angola, para o reforço do Orçamento Geral de Estado (OGE) de 2024 e 2025.
“Nós priorizamos a área da segurança alimentar, com o apoio ao orçamento. São cerca de 500 milhões de Dólares, para nós financiarmos às acções que estão dentro do Orçamento Geral do Estado 2024, quiçá também para 2025. As condições de financiamento são muito vantajosas: dez anos de graça, juros baixos para pagar em 30 anos”, anunciou Victor Hugo Guilherme.
Integraram a comitiva angolana às reuniões anuais do BM e do FMI, a ministra da Finanças, Vera Daves de Sousa, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, assim como o presidente do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel.