Governo reduz Imposto sobre Rendimento de Petróleo para mitigar o declínio da produção

Data:

O Imposto sobre Rendimento de Petróleo, doravante, passa a ser de 55,75%, contrariamente a actual taxa de 65,75%, fruto da aprovação do Regime Jurídico e Fiscal da Produção Incremental nas Concessões Petrolíferas da Zona Marítima.

O documento, que autoriza o Presidente da República legislar sobre essa matéria, foi aprovado, esta quinta-feira, pela Assembleia Nacional, com vista a definir as normas que regulam a actividade de pesquisa e desenvolvimento do sector petrolífero, bem como o incremento na produção do crude no país.

Esse diploma estabelece também um regime jurídico fiscal dos custos na execução da actividade de pesquisa e desenvolvimento de hidrocarbonetos, bem como legisla a redução das taxas de Imposto sobre a Produção de Petróleo de 20 para 15 por cento, nos contratos de associação.

O mesmo documento, que visa, igualmente, ampliar a actividade económica de novos projectos em campos situados em blocos maduros (velhos) e o incremento da produção de petróleo, reduz de 50% para 25%, nos contratos  de Associação e Partilha de Produção.

A propósito, o secretário de Estado para Petróleo e Gás, José Barroso, afirmou que grande parte dos campos de petróleo no país tem mais de 20 anos de existência, tendo produzido mais de 70% do volume estimado, que causa o declínio da produção, por envilecimento das linhas.

Recordou que as tranches dos campos maduros representam mais petróleo lucro para o Estado na  ordem dos 80 e 90 por cento, sendo o remanescente para o grupo empreiteiro, o que inibe os operadores a contínua produção, optando em projectos de ciclos mais curtos.

Sublinhou que essa distribuição de lucros representa um risco de investimento e restringe o surgimento de mais operadores.

Segundo José Barroso, um estudo elaborado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) aponta a necessidade de se ter um regime jurídico fiscal que incentive e viabilize investimento para a produção incremental nos campos maduros, assim como em pesquisas nas concessões em produção para mitigar o declínio da produção.

Reforçou que a sustentabilidade da produção depende da atracção de novos investimentos.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), de Janeiro a Dezembro de 2023, a produção anual de petróleo de Angola foi de 400,72 milhões de barris, com uma produção média diária de cerca de 1,098 milhão de barris.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Partilhe com amigos:

Seja um Leitor Gold

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Popular

Artigos relacionados
Artigos relacionados

Martin Luther King Jr, O Visionário Que Sacrificou Tudo Pela Justiça e Igualdade Eterna

Martin Luther King Jr. foi um pastor, ativista e...

Consumidores do Bengo devem à ENDE mais de 3,4 mil milhões de Kwanzas

A dívida dos clientes da Empresa Nacional de Distribuição...

Presidente norte-americano visita Angola nas próximas semanas

O Presidente dos EUA vai cumprir a promessa de...