O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê aprovar a Visão do Sistema Nacional de Pagamento, para o período 2023/2028, em Novembro próximo, com vista ao reforço do acesso aos serviços financeiros de baixo valor, inclusão da tecnologia e inovação (fintech), bem como das startups
O anúncio foi feito esta segunda-feira, em Luanda, pela directora do departamento do Sistema de Pagamentos do BNA, Cristina Caniço, durante a 2ª reunião da Comissão Técnica para o Desenvolvimento do Sistema de Pagamentos de Angola (CTDSPA).
Em declarações à imprensa, a directora clarificou que o Sistema Nacional de Pagamento aborda questões relacionadas com a inovação e inclusão financeira, assim como apresenta a criação de mais inovações a nível do laboratório de sistema de pagamentos de Angola e da Sand Box.
Com isso, continuou, o documento traz mais concorrência e a possibilidade de se fazer pagamentos transfronteiriços a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), numa primeira fase, e posterior abranger todo continente africano, em geral.
Segundo Cristina Caniço, o documento vai ser discutido em sede do grupo técnico de estratégia e inovação, para ser, definitivamente, aprovado em Novembro deste ano, caso seja concluído.
Referiu que o estudo sobre esse sistema já está concluído, mas neste momento decorre a revisão de uma norma que está relacionada com os limites de valores no sistema de pagamentos, para definir o custo de utilização.
A propósito, o administrador executivo da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), Pedro de Abreu, disse que foram apresentadas algumas iniciativas para dinamizar o sistema de débito, que permite ao cliente final autorizar o débito em conta de um serviço custado por uma empresa, para que ele se torne cada vez mais utilizado em Angola.
Por seu turno, o presidente da Associação Angolana de Bancos, Mário Nascimento, afirmou que a banca olha com realismo e optimismo à Visão do Sistema de Pagamentos de Angola.
“Nós temos uma visão daquilo que está a ser feito para a modernização do nosso sistema de pagamentos, no sentido de fazer todo tipo de transacções, utilizando todo o sistema”, acrescentou.
Na ocasião, o presidente da Comissão Executiva da Pay4all, Nuno Viegas, sublinhou que a maior parte das instituições financeiras não bancárias estão preparadas para dar resposta ao novo sistema, enquanto umas procuram integrar ao sistema de transferências instantâneas.
A 2ª reunião da Comissão Técnica para o Desenvolvimento do Sistema de Pagamentos de Angola, CTDSPA, foi orientada pelo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), para de contar com a participação entidades ligadas ao sistema financeiro e não financeiro do país