O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional confirmou que 2023 foi um ano difícil e de muitos desafios, mas que as bases para o retoma em 2024 e as contribuições a partir de 2025 estão lançadas.
O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento económico em Angola recupere no curto prazo.
Este cenário resultará na melhoria da produção petrolífera e na recuperação do setor não petrolífero.
A informação consta do relatório final da consulta do Artigo IV de 2023 com Angola, disponível nos canais de comunicação do FMI.
O Artigo IV dos estatutos do FMI prevê a avaliação regular da política económica dos estados-membros. A acção implica uma avaliação quanto à compatibilidade das políticas com a estabilidade do sistema monetário internacional.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, antevê-se a contínua alta temporária da inflação este ano, mas com diminuição gradual a partir de 2025. A queda dos indicadores de inflação decorrerá à medida que os efeitos da remoção dos subsídios e da repercussão da depreciação dos impostos de câmbio nominal diminuem.
Não menos importante, explica o Fundo, é o facto do saldo orçamental primário para melhorar e manter positivo, dada a continuação da reforma dos subsídios aos combustíveis; menor serviço da dívida a partir de 2024 e a recuperação do crescimento.
“Os riscos descendentes para as perspectivas de curto prazo incluem uma queda maior do que o esperado nos preços mundiais do petróleo e/ou na produção interna de petróleo, bem como um atraso na implementação da reforma dos subsídios aos combustíveis. Os riscos ascendentes resultariam principalmente de preços do petróleo superiores ao esperado”, lê-se.