Infraestruturação de 900 mil lotes para autoconstrução dirigida custa ao Estado Kz 1,59 bilião

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O Executivo angolano prevê gastar 1,59 bilião de kwanzas, no período 2023/2027, para a infra-estruturação de 900 mil lotes de terrenos destinados à autoconstrução dirigida nas 18 províncias do país.

Actualmente, o défice habitacional está estimado em 2,2 milhões de unidades e a meta prevista é reduzir para 49%, até 2027, com o cumprimento deste projecto.

O projecto aprovado esta terça-feira, na 4ª Reunião Ordinária da  Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, insere-se no Programa Nacional de Urbanismo e Habitação.

Com esta iniciativa, o Governo angolano quer reduzir o défice habitacional em Angola, actualmente estimado em 2,2 milhões de unidades habitacionais, num país em que a população já ronda os 33 milhões de habitantes.

Se a taxa de crescimento continuar ao ritmo dos 3% anuais, e se o Governo não tomar acções concretas, até 2050, este défice pode atingir os quatro milhões de unidades habitacionais.

Assim, para reduzir o défice actual, o Governo justifica a aprovação deste programa que comporta três eixos, a responsabilidade do Estado, dos privados e a auto-construção dirigida, onde o cidadão, com base na aquisição de terrenos infra-estruturados possa erguer a sua residência.

De acordo com o titular das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, numa fase piloto, o projecto vai arrancar, de forma experimental, em alguns municípios a seleccionar nas províncias de Luanda, Bié e Lunda Sul.

Carlos dos Santos, que falava em conferência de imprensa, no final da  Reunião Ordinária da Comissão Económica, disse  que uma das metas a alcançar é a requalificação urbana, com a definição de áreas prioritárias  em  zonas urbanizadas e urbanizáveis, onde serão transferidos parte das pessoas que  vivem em zonas de risco.

A título de exemplo, no caso da província de Luanda, aponta  como zonas de risco os bairros da encosta da Boavista  e do Paraíso (Cacuac), cujas residências  foram construídas, sem qualquer requalificação e loteamento, uma situação que tem causado sérios constrangimentos.

Em termos de infra-estruturas gerais previstas, também foram definidos alguns critérios, como estradas, água, energia, arborização e sinalização,  este para um grupo de lotes.

Em outras categorias de lotes, tem a ver apenas com o loteamento do próprio terreno em si e os acessos, espaços que progressivamente vão  crescer para estar na classe dos lotes infra-estruturados, enquanto que outros lotes serão reservados para o surgimento de agro-vilas  e vilas-piscatórias, com maiores espaços, ou seja, de um a 10 hectares.

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