A Agência de Proteção de Dados (APD) de Angola demonstrou preocupação com a falta de legalização das bases de dados por parte das empresas no país. A questão foi levantada pelo chefe de Departamento de Inspeção e Análise da APD, José Nkombo, durante a terceira edição do Cyber Secur Summit, em Luanda.
José Nkombo, destacou os avanços do país no setor, com a criação de leis de regulação, mas ressaltou a necessidade de legalizar as bases de dados para garantir a proteção dos dados pessoais dos cidadãos. De acordo com o chefe de Departamento de Inspeção da APD, as empresas devem solicitar somente os dados necessários para as suas operações, para evitar a recolha excessiva de informações dos cidadãos.
Por sua vez, Luís Kiambata, coordenador de Cibersegurança da Paratus Angola, alerta para o roubo recorrente de identidade, que tem sido facilitado pela partilha de informações pessoais nas redes sociais e dispositivos eletrônicos. A hospedagem de dados no exterior também foi abordada pelo responsável, que destacou a necessidade de as empresas cumprirem as normas antes de optarem por guardar seus dados em outro país.
Outra questão levantada foi a falta de sistemas de segurança de informação em empresas públicas e privadas, que as tornam vulneráveis a ataques cibernéticos. Segundo Elias Ismael Co-fundador e actual CEO da Forefronte Angola, os cidadãos também estão cada vez mais expostos a ataques por desconhecerem suas normas e direitos de informação.
A preocupação da APD em proteger os dados pessoais dos cidadãos é fundamental para garantir sua privacidade e segurança. É preciso que empresas e organizações cumpram as normas e leis vigentes e invistam em sistemas de segurança de informação para evitar possíveis ataques e vazamentos de dados.