Estima-se que África perca mais de US$ 50 bilhões por ano para fluxos financeiros ilícitos, disse a secretária-geral da Commonwealth, baronesa Patricia Scotland, na abertura de uma conferência regional para chefes de agências anticorrupção na África, organizada por Seychelles.
A Escócia está a pedir aos países presentes que façam um balanço para tomar as medidas apropriadas para combater a corrupção.
A conferência de três dias, que começou hoje, segunda-feira, no Savoy Resort, conta com a presença de representantes de Botsuana, Gâmbia, Gana, Quênia, Malawi, Ilhas Maurício, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Serra Leoa, África do Sul, Uganda, Tanzânia e Zâmbia.
Falando na abertura, o presidente das Seychelles, Wavel Ramkalawan, disse que “a corrupção não é apenas suborno. […] As pessoas são prejudicadas quando os recursos são desperdiçados ou desviados, e é por isso que é tão importante entender os diferentes tipos de corrupção que nossa sociedade e desenvolver respostas inteligentes.”
Enquanto isso, a chefe da Comissão Anticorrupção de Seychelles (ACCS), May de Silva, disse que Seychelles está especialmente preocupada com a segurança cibernética e como mantém seus dados seguros em suas instituições.
“Vamos compartilhar isso com nossos colegas e convidar nossos parceiros na região para compartilhar os serviços de nossos laboratórios forenses digitais”, disse ela.
Segundo a ONU, a corrupção custa à economia global US$ 3,6 trilhões por ano. Nos últimos 50 anos, estima-se que a África tenha perdido mais de US$ 1 trilhão para a corrupção, o equivalente a toda a assistência oficial ao desenvolvimento recebida durante o mesmo período.