Ministro garante que reserva com 23 biliões de toneladas de mineiros raros ainda não estão a ser explorados

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O ministro dos Recursos Minerais,  Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, desmentiu, esta segunda-feira, as informações sobre o possível início da exploração da reserva mineral do município do Longonjo, província do Huambo, conhecida como “Terras Raras”.

Com 23 biliões de toneladas de minério bruto, a reserva mineral do município do Longonjo “terras raras”, é composta, especialmente, de neodímio (Nd) e o praseodímio (Pr), actualmente explorados por menos de cinco países.

Estes mineiros, entre outros metais existentes no local, são utilizados como matéria-prima para o fabrico de ímanes permanentes ultra-forte e leves, para uso final em veículos eléctricos, turbinas eólicas, electrónicos modernos como telefones celulares, usado nas novas tecnologias da China.

De acordo com o governante, são falsas as informações que alegam o início dos trabalhos de exploração da localidade, também, conhecida como ouro do século XXI, cujo projecto está a ser implementado através da sociedade de parceria Ozango Minerais S.A, que no local já abriu 369 furos, numa zona de mais de oito mil metros de perfuração.

Na ocasião, o ministro disse estarem a decorrer, desde 2018, os trabalhos de prospecção, na expectativa de que se concluam, com êxito, para se dar origem a uma mina.

“Nesta ordem de trabalho, são desenvolvidas várias etapas, uma delas de colheita de amostras de pequenos e grandes volumes para a realização de testes que estão a ser efectuados, tanto cá em Angola, como no exterior, pelo que não se pode confundir com a actividade mineira, mas sim fases próprias do projecto de prospecção”, explicou.

Acrescentou que a fase de prospecção pode chegar, legalmente, até sete anos e em casos de força maior pode ser prorrogado o prazo e no caso da reserva da Longonjo, houve uma prorrogação do prazo inicial de sete anos, por conta das implicações da Covid-19.

A Empresa Ozango Minerais, SA, sociedade de direito angolano, que resulta da parceria entre a empresa Pensana PLC (investidor actualmente no Reino Unido) e o Fundo Soberano de Angola, está no município do Longonjo desde 2018, onde desenvolve trabalhos de prospecção das terras raras, situadas na montanha Tchimbilundo.

A montanha Tchimbilundo está localizada nos arredores da vila municipal do Longonjo, que dista a 68 quilómetros a Oeste do centro da cidade do Huambo.

Estudos recentes indicam que as terras raras são 17 elementos químicos da tabela periódica, com propriedades magnéticas fundamentais para a fabricação de equipamentos electrónicos.

As mesmas permitem, basicamente, a confecção de ímanes muito fortes, usados na memória dos aparelhos electrónicos. Detêm alta capacidade, muito superior à de outros metais.

Segundo estudos, ao contrário de outros metais, como o ferro, encontrado em grandes jazidas e de fácil extração, esses elementos estão muito dispersos, mas abundam mais que o ouro, presente em 0,00000031 % de cada 100g de crosta.

Trata-se de substâncias encontradas em concentrações relativamente baixas, que precisam ser escavadas e processadas com reagentes químicos, gerando um impacto ambiental pesado.  

O consumo desses minerais, em todo o mundo, chega a 150 mil toneladas/ano.

Os tipos de metais  “terras raras” chegam a 17, mas apenas seis tipos são mais conhecidos: neodímio,   lantânio, praseodímio, gadolínio,  samário e cério.

A China é o principal produtor e mercado desse mineral.

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