Negócios na Bodiva atingem 7,2 biliões de kwanzas

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Negociações da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) cresceram, no acumulado de 2023, 76 por cento para 7,2 biliões de kwanzas, contra as médias anuais anteriores que variavam de 1,7 a dois biliões de kwanzas, de acordo com o presidente do Conselho Executivo.

Valter Pacheco aborda sobre o desempenho da Bolsa de Valores, citado em entrevista na edição da última sexta-feira do Jornal de Economia & Finanças. No balanço das acções realizadas pela Bodiva ao longo do ano, o PCE assumiu que a bolsa angolana está cada vez mais consolidada “naquilo que é a nossa função” e é “claramente” uma tendência que existe no país e que não vai parar.

Bastante optimista, Valter Pacheco declarou que desempenho da Bodiva foi impulsionado por uma conjugação de factores que envolvem a emissão das obrigações corporativas da Sonangol, por representar um novo instrumento no mercado e com muita aceitação, que marca o lançamento de uma via alternativa de financiamento para o mercado nacional.

O  próprio Tesouro Nacional, acrescentou, fez algumas operações de recompra, compra e venda de dívida para alongar a maturidade da dívida.

Outra parte que também contribuiu foi em um determinado momento, houve dificuldade de acesso a dívidas, uma quebra no volume de negócios de muitas empresas e alguns que tinham títulos venderam, outros compraram estes mesmos títulos. E, essa dinâmica contribuiu.

Para Valter Pacheco desde 2022, com o sucessivo sucesso das emissões, a Bodiva já sinalizou que é real, que não é uma ideia e claramente as empresas de vários níveis  colocam o mercado de capitais como ponto central na sua estratégia.

“E, sentimos que existe muito mais dinâmica e muito mais envolvimento das empresas e das pessoas no mercado. Essas três componentes. Contribuíram para esses números que estamos a ter esse ano”, referiu.

 
Investidores de retalho

Questionado o número de entidades que transaccionam na BODIVA, Valter Pacheco explicou que quando se falam em entidades que transaccionam na Bodiva envolvem   os membros, as entidades que recebem ordens do mercado e fazem os negócios, os intermediários, e os investidores.

“Quando se fala em número de conta, estamos a falar dos investidores. Os investidores individuais representam 60% do total. Também temos empresas, temos fundos de investimento, fundos de pensões, temos todo um conjunto de investidores. Em números de intermediários, por enquanto, são os 23 bancos, mas a legislação ou a regulação aprovada pela Comissão do Mercado de Capitais(CMC) este número vai-se reduzir e vão extinguir-se aos correctores e distribuidores.

Ao citar o número actual de contas custódias na Bodiva que é de 23 mil, número que reduziu consideravelmente, com as transacções das contas dos bancos para as correctoras e distribuidoras, Valter Pacheco relevou a média de abertura mensal de 1.500 a 2.000 contas.

Sobre os desafios que serão enfrentados pela Bolsa da Dívida em 2024, Valter Pacheco perspectiva mais emissões de acções e anuncia, sem grandes pormenores o lançamento  já no início do próximo ano, de uma nova estratégia que tem como objectivo estratégico consolidar e modernizar o mercado de acções em Angola.

“Neste ano  Angola sofreu um choque e acho que todos nós nos adaptamos ao choque. O próximo ano é um ano de transição e sendo ano de transição, parece-nos que o nível de confiança aumentará significativamente”, considerou.

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