O País gerou nos primeiros seis meses deste ano 110 198 empregos formais líquidos, segundo dados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Em termos gerais, foram registados 113.230 empregos, 3.032 dos quais destruídos.
A média mensal é de 18 358 registos. Comparativamente a igual período de 2023, o crescimento é de 23 por cento, considerando os 91. 774 empregos registados.
O memorando sobre a “Evolução do Emprego Formal em Angola” do primeiro semestre deste ano, do Ministério da Administração Pública, Trabalho e segurança Social (MAPTSS), mostra que o crescimento homólogo se fixou em 33 por cento em termos de empregados femininos e 20 para os masculinos. Em 2023, haviam sido gerados 68.919 postos de trabalho para cidadãos masculinos e 22.833 para femininos.
Desta forma, mantém-se o perfil de ocupação do mercado onde em cada dez empregos, sete são para cidadãos masculinos e os restantes três para o género feminino.
Em termos mensais, Fevereiro apresentou-se com o mínimo registado no período, com 15.736 empregos gerados ao passo que Maio teve a maior alta, com 27.059 postos de trabalho registados.
Dados avulsos
Com base nos reportes avulsos e diversas fontes de recolha de dados, o MAPTSS dá conta que dezasseis sectores de actividade económica terão sido responsáveis pela criação de 153.187 postos de trabalho no semestre.
O documento agrega informações de todos os sectores da actividade económica, também apoiado em pesquisas de campo realizadas por técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), fundamentalmente para medir os níveis da informalidade na economia nacional.
O memorando refere que se criaram 65.163 empregos nos primeiros três meses do ano (Janeiro a Março) e outros 88.024 postos no trimestre seguinte (Abril a Junho), um aumento de mais de 35 por cento.
O sector da Indústria e Comércio com 49.359 e 74 273 empregos criados no primeiro e segundo trimestre liderou o processo totalizando 123.632 postos de trabalho gerados, um peso de mais de 80 por cento.
No global, com base nas estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao II trimestre deste ano, do total de 17.873.167 (dezassete milhões, oitocentos e setenta e três mil e cento e sessenta e sete) de cidadãos em idade de trabalhar, 32,42 por cento (5.764.313) estão na condição de desempregados e 12.108 854 (doze milhões centro e oito mil e oitocentos e cinquenta e quatro) estão empregados.
Do referido número de cidadãos empregados, 79,79 por cento (9 498 590) são informais e 20,21 por cento (2. 610 264) estão no sector formal da actividade económica.
O documento do MAPTSS, com base em dados do INE, dá conta que 34 por cento dos mais de 2,6 milhões de empregados formalizados são funcionários e agentes públicos da administração directa e local do Estado. Os órgãos de Defesa e Segurança pesam 14 por cento, a Administração 19 por cento e o Poder Legislativo, Judicial e Administração Indirecta outros 1,0 por cento.
Há ainda a realçar o facto de 57,3 por cento da população empregada encontrar-se a trabalhar no sector primário da actividade económica, composto pela Agricultura, produção animal, caça, florestas e pescas.
O INE projecta que até 2040 a população angolana possa atingir a cifra de 54 milhões, atendendo ao crescimento linear de 3,16 por cento ao ano que se observa actualmente. Por outro lado, as estatísticas nacionais prevêem que a população a viver em áreas urbanas vai aumentar para 58 por cento até 2040, chegando aos 33.229 390 (trinta e três milhões, duzentos e vinte e nove mil e trezentos e noventa), contra os actuais 22.291.990 (vinte e dois milhões, duzentos e noventa e um mil, novecentos e noventa).