Setenta e duas casas ilegais de pesagem de material ferroso, num universo de 210 identificadas, foram encerradas, desde Junho último até ao momento, no município de Viana, anunciou o director municipal de Promoção e Desenvolvimento Económico Integrado, António Kiala.
O facto foi anunciado esta quarta-feira, em Luanda, durante uma reunião de esclarecimento sobre os procedimentos para legalização dessa actividade comercial, que contou com a participação de 258 proprietários de casas de pesagens e de sucatas.
O director do gabinete provincial de Desenvolvimento Económico Integrado, Dorivaldo Adão, apelou aos comerciantes a legalizar as suas actividades económicas, sob pena de verem encerradas continuamente os seus estabelecimentos.
Apontou a aquisição da licença do espaço para instalação do estabelecimento comercial, licença comercial e o pagamento de impostos na Administração Geral Tributária (AGT) como os elementos fundamentais para legalizar o exercício de pesagem, em primeira instância.
Por outro lado, Dorivaldo Adão alertou que todos os proprietários de casas de pesagens que compactuarem com a compra de material roubado ou proveniente de acção ilegal da vandalização de bens públicos serão responsabilizados criminalmente.
Já o administrador municipal de Viana, Demétrio de Sepúlveda, afirmou que a administração local está aberta para cooperar e ajudar todos aqueles que exercem a respectiva actividade comercial de forma legal.
O também coordenador municipal da Comissão de Protecção dos Bens Públicos de Viana reconheceu a importância desse comércio, mas ressaltou que propicia outros actos, como a vandalização de bens públicos, constituindo-se no ponto primário onde são depositados os meios vandalizados, facto que deve ser combatido por prejudicar todos os cidadãos.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Sucateiros Unidos em Angola, Tounkara Saídu, apelou aos seus compatriotas, maioritariamente da África do Oeste (Gâmbia, Nigéria, Libéria, Senegal e Serra Leoa) a pautar por uma conduta cívica e cooperar com o Governo angolano na protecção dos bens públicos.
Acrescentou que todos operadores devem aproximar-se mais à administração municipal para tratar os documentos e legalizar a actividade, evitando a compra de material como tampas de sarjetas, fios e cabos eléctricos roubados e vandalizados.