Por questões operacionais, o Instituto Nacional de Estatística (INE), decidiu adiar para 19 de Setembro a realização do Censo Geral da População, inicialmente com o começo marcado para 19 do presente mês de Julho, lê-se uma nota da instituição a que a revista Outside teve acesso.
Segundo o documento, antes da tomada desta decisão, o INE previamente informou, a comissão multissetorial de apoio a realização do Censo 2024, todavia, o Instituto Nacional de Estatística, reitera que continua a existir o firme apoio dos diferentes departamentos ministeriais que compõem a comissão.
No passo mês de Maio, em entrevista o Jornal de Angola, o director-geral do INE, José dos Santos Calengi, afirmou terem as condições preparadas para que o processo fosse realizado agora no mês de Julho, uma operação que irá mobilizar mais de 92 mil profissionais, entre logísticos, motoristas, recenseadores e assistentes técnicos, que vão chegar até às zonas mais recônditas do país, com o apoio das Forças de Defesa e Segurança.
José dos Santos Calengi, garantiu que a preparação do Censo 2024 decorre sem sobressaltos, dentro das directrizes definidas pelas Nações Unidas.
“Estão garantidas todas as condições logísticas e humanas para um processo normal, graças à experiência adquirida com a realização do Censo em 2014 e a participação dos diferentes departamentos ministeriais e de toda a sociedade civil”, sublinhou em Maio o líder máximo do INE.
O primeiro Censo Geral da População e Habitação realizado em Angola no período pós-independência decorreu em 2014. Na altura, ficou-se a saber que o país tinha 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais seis milhões 945 mil e 386 viviam na capital, Luanda, por sinal a província que alberga a maior parte da população.
O Censo de 2014 mostrou que a maioria da população angolana era composta por mulheres (13 milhões e 289 mil e 983), enquanto os homens eram 12 milhões e 499 mil e 041. Os dados contribuíram para melhorar a organização das Eleições Gerais de 2017.
Segundo estimativas divulgadas, em Julho de 2023, pelo Instituto Nacional de Estatística, indicavam que a população situava-se em cerca de 33 milhões de habitantes. O INE justificou o aumento de cerca de oito milhões de habitantes, em oito anos, com a melhoria das condições de vida. As mulheres, com perto de 17 milhões, continuavam a ser a maioria.
A população angolana, segundo os mesmos dados, também continuava a ser maioritariamente jovem (64,9%), já que se estimava que 21 milhões 475 mil 348 pessoas tinham idade inferior a 25 anos.