O Banco Internacional de Comércio antevê encerrar, nos próximos tempos, cerca de 40 dos 230 balcões instalados nas 18 províncias do país, devido a actual situação macroeconómica angolana, com realce para a contínua depreciação da moeda nacional, Kwanza, e o fraco poder de compra das famílias.
Segundo o presidente do Conselho Executivo do BIC, Hugo Teles, a instituição “não está a passar pela sua melhor fase, em termos de resultados financeiros”, tendo em conta a actual conjuntura económica e financeira do país.
Em declarações à imprensa, esta segunda-feira, à margem da assinatura do protocolo de parceria entre o banco e novos co-investidores, enquadrado no projecto “Crescer Juntos”, o responsável avançou que o encerramento dos referidos balcões poderá provocar o despedimento de 300 ou 400 trabalhadores.
Acrescentou que, para além dos funcionários, cada balcão conta com uma equipa de três seguranças e outros colaboradores.
Hugo Teles clarificou que o banco precisa de divisas para trabalhar, mas as vezes tem de emprestar às outras instituições, facto que complica cada vez mais o funcionamento do banco.
Segundo o gestor, o BIC é o único banco que ainda não fechou balcões em Angola, mesmo com a actual realidade que o país atravessa.