O Banco Angolano de Investimentos (BAI) anunciou, em comunicado, a redução, com efeitos imediatos, do plafond do cartão Visa Kamba de 500 para 250 dólares.
Este documento surge já depois de outro anterior, não muito distante deste, ter definido o levantamento diário de 100 dólares. O banco justifica a posição assumida com a redução da disponibilidade de divisas e a necessidade de dar continuidade às operações cambiais. Apesar de reconhecer a importância do cartão Visa Kamba e a continuidade das operações, o BAI refere que procura assegurar também que estudantes e pessoas em tratamento médico tenham algum diferencial, razão pela qual pede que estes fundamentem a condição no estrangeiro com a apresentação de documentos que comprovem todas essas condições. Em Dezembro de 2023, o Banco Angolano de Investimentos, S.A. tinha já informado que, devido a restrições cambiais, o plafond para carregamento do cartão pré-pago Kamba ficava reduzido para 1000 dólares. Na ocasião, suspendeu os pedidos de carregamento de cartões emitidos a partir do dia 20 de Dezembro de 2023.
Em Abril deste ano, o Banco reduziu para 500 dólares o plafond e, cerca de dois meses depois, baixa para 250 dólares o limite de carregamento.
Num texto publicado, ontem, na página 12, este Jornal afirmou, erradamente, que o banco reduziu o plafond do BAI Kamba de 450 para 100 dólares. Na realidade, a redução é de 500 para 250 dólares e o cliente por dia só pode levantar 100 dólares.
Angolanos residentes no exterior dizem ser de grande utilidade o uso do cartão BAI Kamba e que a redução sucessiva do plafond cria sempre embaraços, mas que esperam ser uma situação do actual contexto e que vai ser de pouca duração.
Para esses angolanos, o banco deve manter os esforços em curso para normalizar a situação, pois são ainda muitos os cidadãos angolanos no estrangeiro que usam o cartão BAI Kamba como fonte de recepção de ajudas de custo para despesas correntes e essenciais.
O Jornal de Angola apurou que o banco tem suspensas as emissões de novos cartões Visa e que só segundas vias estão a ser emitidas a clientes, titulares de uma conta corrente e um certo saldo para custear as taxas e emolumentos do serviço.