A TAAG, transportadora de bandeira nacional, precisa de cerca de mil milhões de euros para concluir o processo de recapitalização em curso desde 2020, afirmou presidente do Conselho de Administração, António Domingos.
Com o objectivo de atender à actual dinâmica económica, dentro de fora do País, para tal, a TAAG pretende aumentar as rotas e competir em pé de igualdade com as demais companhias africanas e internacionais.
Em Setembro do ano passado, o Governo emitiu títulos de dívida pública para a capitalização da TAAG no valor de 115 mil milhões de kwanzas, uma operação que visou regularizar o pagamento de uma dívida nos termos do acordo assinado entre as partes.
Segundo o decreto n.º 198/23 assinado pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, a colocação e reembolso destas obrigações do tesouro teve como finalidade única a capitalização da companhia nacional de bandeira.
Não se tratou da primeira emissão do género a favor da TAAG, já que em 2020 o Estado emitiu a favor da companhia um valor de 17 mil milhões Kz em títulos de capitalização, cumprindo o valor máximo estabelecido no despacho do MinFin 8/20 de 2 de Abril, publicado em Diário da República, que estabelecia também juros fixos de 16,50% com uma maturidade de quatro anos.
Segundo as demonstrações financeiras 2022, as últimas publicadas até ao momento, apontam para o crescimento das receitas operacionais, que aumentaram mais do dobro, passando de 175 milhões de dólares em 2021, para 390 milhões de dólares em 2022.
Houve também registo de aumento com os custos operacionais de 270 milhões de dólares, em 2021, para 480 milhões de dólares, em 2022, sobretudo devido aos combustíveis.
Em 2022, os resultados líquidos recuperaram de um prejuízo de 297 milhões de dólares para um resultado negativo de 64 milhões de dólares.