Ao contrário de 2022, os lucros da Recredit – Gestão de Activos, S.A., encolheram em mais de 88,7% para mais de 48,9 mil milhões de kwanzas, lê-se num relatório e contas da instituição a que a revista Outside teve acesso.
Com capital próprio avaliado em mais de 274,9 mil milhões Kz, no ano anterior, os lucros da empresa liderada por Valter Barros fixaram-se em mais de 92,4 mil milhões de kwanzas.
Em 2023 houve na rubrica de custos com o pessoal um aumento em cerca de 23,37% face ao período anterior, motivado pela alteração da estrutura directiva da Recredit, contratação de novos colaboradores e promoções de carreira.
As rubricas de remunerações aos órgãos sociais e pessoal, registadas em 2023 e 2022, inclui os prémios atribuídos aos colaboradores nos montantes de mais mil milhões e 18 milhões de kwanzas e mais de 288,23 milhões Kz, respectivamente.
A remuneração de oito membros dos órgãos sociais, nomeadamente, Assembleia Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal, em 2023 custaram aos cofres da Recredit mais de 836,1 milhões de kwanzas, contra os mais de 699,6 milhões Kz em 2022.
A carteira global de crédito foi adquirida ao Banco de Poupança de Crédito ao valor de 288 mil milhões de kwanzas, dos quais, até ao final do ano de 2023, foram recuperados pela empresa cerca de 77 mil milhões, representando 27% do valor total investido.
Da referida carteira de crédito resultam 476 processos, dos quais 327 já foram negociados ou continuam em tratamento, enquanto os outros 149 estão no Departamento de Contencioso, sendo que 38 deles tramitaram já para a acção judicial (tribunal), representando 73% do valor total dos processos do referido departamento.