O papel da auditoria interna na elevação do comportamento ético e os benefícios e oportunidades para as organizações Angolanas, é o tema da edição de 2024 da Conferência Anual de Auditoria Interna, promovida pela Associação dos Auditores Internos de Angola, que se realiza já na próxima 4ª f, 22 de Maio, no auditório da Enapp, em Luanda.
A conferência que reúne especialistas do sector, oriundos do Brasil, Mali, Portugal e Angola, vai centrar-se no papel da Auditoria Interna face à evolução do ambiente empresarial e aos riscos inerentes, que surgem para todas as organizações.
O panorama actual, fortemente concorrencial e mutante, enfrenta desafios como a fraude e corrupção, a cyber segurança e a Inteligência Artificial que exigem novas formas de gestão, baseadas principalmente em princípios e valores que lhe confiram sustentabilidade e capacidade de aproveitar as valências da ética e da inovação.
A legislação obriga a realização de auditorias em determinadas circunstâncias, no entanto, algumas empresas, independentemente da obrigatoriedade, já optam por fazê-lo dadas as vantagens. Ao fornecer razoável garantia sobre a eficácia e eficiência da governação corporativa, da gestão de riscos e do controlo, a auditoria interna contribui para que as práticas organizacionais se aprimorem, desempenhando um papel significativo nos esforços de combate às atividades fraudulentas e à corrupção, e provoca mudanças positivas.
Ladislau Ventura, Presidente da mesa da Assembleia Geral do IIA Angola, refere que “nos últimos anos, a auditoria interna tem tido um papel dinâmico na identificação e avaliação de riscos, incluindo o risco de fraude nas organizações. A fraude e a corrupção andam de mãos dadas e surgem em todos os países, em todas as sociedades e em todas as facetas da sociedade, mas este facto não constitui uma desculpa para as aceitarmos como parte da nossa vida. Temos a obrigação para com a nossa sociedade, e especialmente para com as gerações futuras, de fazer todos os esforços necessários e tomar todas as medidas possíveis hoje, para a sua máxima mitigação e, idealmente a sua completa extinção.
As organizações, publicas ou privadas, e as pessoas têm de adotar uma cultura em que o interesse comum prevaleça sobre o interesse particular. Todos temos de compreender que, ao trabalharmos, ao promovermos e protegermos os nossos interesses, como sociedade e como país, todos podemos beneficiar também como indivíduos.”