A consultora britânica Oxford Economics considerou hoje que a produção de petróleo em Angola deverá aumentar 3% este ano, passando de 1,13 milhões de barris diários, em 2023, para 1,16 milhões este ano.
“Prevemos atualmente que a produção de petróleo em Angola vá aumentar 3%, de 1,13 milhões de barris por dia em 2023, para 1,16 milhões de barris diários em 2024”, lê-se num comentário aos números de abril, que mostram uma quebra mensal, apesar de a produção ter aumentado desde o início do ano.
A produção de petróleo em Angola caiu ligeiramente em abril, para 1,11 milhões de barris diários, menos 60 mil barris do que no mês anterior, mas ainda assim, no acumulado desde janeiro, regista uma subida face aos primeiros quatro meses de 2023, dizem os analistas do departamento britânico desde consultora de Londres.
“A saída do país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o início de dois projetos este ano deverá ajudar a manter a que, no resto do ano, a produção petrolífera fique ligeiramente acima do nível atual”, dizem os analistas no comentário enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.
Angola, lembram, “já não está vinculada às metas da OPEP, mas ainda assim é provável que existam perdas de produção relacionadas com a manutenção de alguns poços, e com o esgotamento previsíveis dos poços mais antigos”.
Estas reduções da produção poderão, no entanto, ser compensadas pela entrada em funcionamento do poço Begónia e da Fase 3 do projeto CLOV, ambos operados pela TotalEnergies, no final deste ano, “o que poderá adicionar cerca de 300 mil barris por dia à produção”, concluem os analistas.
A produção de abril, nos 1,1 milhões de barris diários, é semelhante à produção proposta pela OPEP em dezembro para este ano, o que levou Angola a abandonar a organização por querer autonomia para produzir acima deste limite.
O ministro da Energia e Recursos Minerais, Diamantino Azevedo, disse na altura que o objetivo de produção para este ano era de 1,18 milhões por dia, mas mais recentemente o secretário de Estado do Petróleo e Gás, José Barroso, afirmou que a meta até 2030 seria de 1,10 milhões de barris por dia, equilibrando a taxa de declínio dos poços atuais e as medidas para atrair novos investimentos no setor.