O Banco Angolano de Investimento (BAI), gastou em 2023, 13 mil milhões e 489 milhões e 264 mil kwanzas em salários e outras remunerações dos 23 membros dos órgãos sociais, nomeadamente Assembleia Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal, constatou à Revista Outside através do relatório e contas da instituição publicado no seu site oficial.
Com os 15 membros do Conselho de Administração, o maior banco angolano em activos gastou mais de 5,6 mil milhões Kz só com vencimentos e salários, ao passo que outros 6,9 mil milhões de kwanzas foi para outras remunerações dos respectivos membros.
Se comparado com o ano de 2022, em que os membros dos órgãos sociais levaram para casa pouco mais de 8,5 mil milhões de kwanzas, em 2023, houve um aumento de mais de 4,7 mil milhões Kz.
Em 2023, o resultado líquido do BAI reduziu 60% face ao período homólogo, explicado, fundamentalmente, pela diminuição da margem complementar decorrente do desempenho menos favorável dos instrumentos financeiros face ao período homólogo e aumento dos custos de estrutura em 15%.
O activo líquido totalizou em mais de 4,5 mil milhões de kwanzas, mantendo-se praticamente estável comparativamente a Dezembro de 2023. Os instrumentos em activos financeiros reduziram em 18% (348 mil milhões de kwanzas) e a rubrica de outros activos diminuiu em 74% (180 mil milhões de kwanzas), explicada pela regularização das operações activas pendentes de liquidação.
Entretanto, estas reduções no activo foram contrabalançadas pelo aumento das disponibilidades em 82% (500 mil milhões de kwanzas) e das aplicações no mercado monetário interbancário em 2% (24 mil milhões de kwanzas).
Os depósitos de clientes atingiram 3 733 mil milhões de kwanzas, um aumento de 40 mil milhões de kwanzas, impulsionado pelo crescimento dos depósitos em MN em 3% com realce para os segmentos de clientes Institucionais, Affluent e Microempresas.