O jogador de futebol Daniel Alves foi detido nesta sexta-feira (20/01) pela polícia em Barcelona por suspeita de agressão sexual na Espanha, noticiou a BBC Brasil.
O ex-lateral do Barcelona, do São Paulo e da seleção brasileira é investigado por supostamente estuprar e agredir uma mulher em uma boate em Barcelona em dezembro. Alves, de 39 anos, negou a acusação e foi colocado sob custódia.
Segundo o jornal espanhol El País, o jogador foi interrogado por um juiz nesta sexta-feira (20/01). A promotoria pediu que ele fosse preso de maneira provisória, sem direito à fiança, e a solicitação foi acatada pelo magistrado.
Daniel Alves é conhecido por ser um dos jogadores brasileiros mais vitoriosos em atividade, tendo se consagrado no Barcelona, clube que defendeu entre 2008 e 2016.
No ano passado, ele esteve na seleção brasileira que jogou a Copa do Mundo de 2022 no Catar, e ao entrar em campo contra o Senegal, se tornou o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa pela seleção nacional.
Atualmente, o lateral joga pelo Pumas, do México. A polícia de Barcelona, conhecida como Mossos d’Esquadra, confirmou os detalhes às agências de notícias Reuters e AFP.
A denúncia
Uma mulher de 23 anos está acusando Daniel Alves de a ter estuprado em uma festa na boate Sutton, de Barcelona, no dia 31 de dezembro. Ela diz que o jogador a agrediu e a estuprou.
Ela alertou os donos da boate e foi encaminhada para um hospital que é centro de referência para vítimas de agressão sexual. Dois dias depois da festa na boate, a denúncia foi registrada.
Em uma entrevista a um canal espanhol, dias antes de ser detido, Daniel Alves comentou a denúncia.
“Eu estive nesse lugar, e quem me conhece sabe que eu adoro dançar, mas sem invadir o espaço de ninguém, respeitando os espaços. E quando você vai ao banheiro não tem que perguntar quem está lá para usar o banheiro. Não sei quem é essa senhorita, nunca a vi. Nestes anos todos nunca invadi o espaço de ninguém sem autorização”, disse ele ao programa Y ahora Sonsoles da TV espanhola Antena 3.
Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, o juiz considerou que existem indícios suficientes de crime para manter Alves preso provisoriamente.