O índice de conhecimento financeiro por parte dos angolanos situa-se em 43,7 por cento. A informação foi divulgada pelo vice-governador do Banco Central, Pedro Castro e Silva, durante o discurso de abertura da 12.ª edição da Semana Global do Dinheiro, promovida pelo BNA, sem, no entanto, detalhar dados sobre a avaliação do inquérito.
Contudo, para reverter este quadro, o vice-governador do Banco Central prometeu priorizar a educação financeira da população e criar um sistema financeiro mais sólido, capaz de impulsionar o desenvolvimento sócio-económico do país.
“O BNA, nesta semana, vai focar-se, totalmente, na garantia de acesso aos princípios fundamentais da educação e inclusão financeira para as crianças e jovens, através de palestras, demonstrações, jogos e brincadeiras, visando despertar o interesse dessas franjas da sociedade”, sublinhou. “Apelo aos estudantes a explorarem a sua curiosidade e aproveitarem a oportunidade para questionar e aprender sobre diversos temas, tais como serviços digitais móveis, moeda electrónica, economia, investimentos, impostos, seguros e mercados financeiros, tanto em Luanda como nas demais delegações regionais do BNA”, ressaltou Pedro Castro Silva.
Por sua vez, o governador da província de Luanda, Manuel Homem, reafirmou o compromisso de apoiar o BNA em iniciativas e programas de Educação Financeira, visando aumentar o entendimento das futuras gerações sobre gestão e ganho de dinheiro. “Nesta semana, vamos garantir que mais jovens tenham acesso ao conhecimento e saibam aproveitar ao máximo as suas finanças disponíveis”, destacou.
Até sexta-feira, 23, sob o lema ” Proteja o seu dinheiro, garanta o seu futuro”, a atenção estará também virada para os serviços financeiros digitais e para moeda electrónica, com a divulgação e dinamização do sistema electrónico” KWiK”, um instrumento de pagamento moderno, inclusivo e de fácil utilização, adaptado à realidade da população não bancarizada, e que começa a consolidar os seus passos no sistema financeiro angolano. A Semana Global do Dinheiro é uma iniciativa coordenada pela Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Económico (OCDE), que se realiza todos os anos, desde 2012, em mais de 176 países, com a finalidade de consciencializar as pessoas, sobretudo os jovens, sobre as principais temáticas relacionadas com a literacia financeira.
Em Angola, durante seis dias, nas províncias de Luanda, Cabinda, Malanje, Huambo, Huíla, Namibe, Cunene, Cuanza-Sul, Moxico, Uíge e Cuando Cubango vão ser realizadas palestras de educação financeira, campanhas de sensibilização para abertura de contas bancárias e de moeda electrónica, com a participação dos supervisores do sistema financeiro, bancos, prestadores de serviços de pagamentos móveis, parceiros do sector público e privado.