A recém eleita presidente da Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) disse, esta semana, em Luanda, que vai usar toda experiência para alavancar a instituição.
Na sua intervenção, revelou que empresas estrangeiras beneficiam de 98% por cento das contratações e apenas 2% são dadas as empresas angolanas num total de contratação anual de USD 18.2 mil milhões de dólares.
No seu entender, é imperativo superar os obstáculos persistentes, como a não implementação da metodologia de medição do Conteúdo Local, a ausência de instrutivos no sector para permitir pagamentos em kwanzas e moeda estrangeira, bem como prazos de pagamento desfavoráveis.
No quadro das suas ambições, vai também, promover a diversidade, inclusão e a sustentabilidade no sector energético, de formas a impulsionar uma maior inserção de empresas lideradas por mulheres e incentivar estágios profissionais para mais de 150 jovens até ao final de 2024.
“Os 2% não trazem registos significativos de empresas angolanas lideradas por mulheres, uma discrepância que representa uma injustiça económica e configura-se como um obstáculo ao crescimento sustentável do país”, indicou a também empresária.
A recém eleita considera que as estatísticas revelam uma disparidade preocupante, referindo os 18 anos de experiência como estrategista nos sectores financeiro e petrolífero, vai servir para trabalhar no crescimento do sector, dando o devido valor as empresas nacionais.
Berta Rodrigues Issa subsistiu presidente, Bo Dontoni, diretor-geral da AIS, Lda, após concluir dois mandados a frente da associação.
Criada em 2019, com mais de 80 empresas associadas, tem a missão de promover, fomentar e desenvolver o crescimento do Produto Nacional Bruto (PIB) através da implementação da legislação de Conteúdo Local e do engajamento activo das empresas nacionais no sector petrolífero como alavanca principal da diversificação da economia angolana e fortalecimento do empresariado nacional.