Um memorando de entendimento que permitirá a criação de condições para a concessão automática de garantias parciais de crédito às Micro, Pequenas e Medias Empresas (MPME’S), Cooperativas e Empreendedores Singulares foi assinado, nesta terça-feira, em Luanda, pelo Fundo de Garantia e Crédito (FGC) e o Banco YETU.
Com uma cobertura de risco de até 90 por cento do financiamento, o acordo prevê a automatização das garantias públicas, num montante de até 200 milhões de kwanzas.
A celebração do acordo prevê ainda, fomentar a produção nacional e promover os produtos com selo “Feito em Angola”, por intermédio da Linha de Apoio aos projectos Sustentáveis (LAPS), gizado pelo FGC, para cobrir a insuficiência de garantias reais que as MPME’s, Cooperativas e Empreendedores Singulares apresentam no momento da solicitação de crédito.
Da parte do FGC, o documento foi rubricado pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA), Luzayadio Simba, e pelo administrador para Área de Negócios, Eduardo Katalahary Mohamed, enquanto do lado do banco Yetu, assinaram o Administradores Executivos, Agostinho Pires Filipe, e João da Costa Ferreira.
Em declarações à imprensa o PCA do FGC, Luzayadio Simba, explicou que no ano de 2023 conseguiu-se apoiar 216 projectos, representando perto de 106 mil milhões de kwanzas cujo único objectivo foi o de promover a produção nacional e reduzir a fome, a pobreza e o desemprego.
Por sua vez, o administrador Executivo do banco YETU, João da Costa Ferreira, referiu que a instituição que dirige tem ,este ano, uma carteira de crédito avaliado em 21 mil milhões de kwanzas para apoiar projectos de Pequenas e Médias empresas, número relativamente superior ao de 2023, o qual não avançou cifras.
Em relação ao crédito malparado, disse ser um desafio para os bancos, sendo que mais assinaturas de protocolos com o FGC poderão facilitar o acesso ao crédito por via das garantias e por via da partilha de risco.
Explicou que a cifra de crédito malparado no Banco YETU é inferior a um por cento ” disse.
De referir que a LAPS, desenhado pelo FGC, é resultado do plano de Aceleração do Fomento de Garantias que a instituição traçou aquando da sua capitalização pelo executivo e visa dar resposta ao reforço do combate a insuficiência alimentar, aumento da empregabilidade e da reconversão da economia informal.
O FGC é uma instituição financeira angolana não bancária, criada pelo Decreto Presidencial nº 78/12 de 04 de maio, com a finalidade de conceder Garantias Públicas as MPMEs e aos empreendedores singulares que dediquem às suas actividades ao sector produtivo e trabalhem no fomento da economia real.