O processo de privatização dos 16,63 por cento das acções do Banco de Poupança e Crédito (BPC) na operadora petrolífera ACREP, que vão ser colocadas em bolsa ainda este mês, pode gerar cerca de 27 mil milhões de kwanzas aos cofres do Estado.
A informação foi avançada pelo director de Tesouraria e Mercados do BPC, Arley Felizardo, durante o acto de lançamento da Oferta Pública de Venda das acções da Acrep no qual o Estado detém 16,63 por cento de acções, através do BPC. “A nossa estimativa é de um encaixe na ordem dos 20 a 27 mil milhões de kwanzas. Estão disponíveis aos investidores um total de 300 mil acções, sendo o investimento mínimo de 75 mil kwanzas e o máximo de 91 mil e 500 por cada acção.
Arley Felizardo afirmou que o BPC está a sair do capital social da Acrep em que foi accionista desde 2006 e que esta execução enquadra-se no âmbito da implementação da estratégia de desinvestimento dos negócios “non core”, pela aprovação do Plano de Reestruturação e Recapitalização (PRR) do banco bem como no Programa de Privatizações (PROPRIV).
O director atestou que o banco está a sair desta operação com resultados positivos, “na altura, o banco fez um investimento à volta de 1.5 milhões de dólares, e só com os dividendos recebidos nos últimos dois anos, conseguimos recuperar o total do valor aplicado na altura do investimento” afirmou.
Processo
O director de Tesouraria e Mercados do BPC Arley Fernandes garantiu que o Banco vai prestar todo apoio necessário aos cidadãos interessados no processo, independentemente de serem ou não clientes do BPC.
“Criámos uma equipa destacada para apoiar todos os cidadãos que estiverem interessados no processo, vamos disponibilizar, igualmente, no site do banco, toda a informação necessária”, sublinhou.
Arley Fernandes lembrou ainda que as acções começam a ser adquiridas a partir de 19 de Fevereiro e estão disponíveis até 1 de Março deste ano.