Uma fábrica de lentes oftálmicas, com capacidade para produzir 50 peças por hora, foi inaugurada esta sexta-feira, no município de Viana, em Luanda, pelo ministro da Indústria e Comercio, Rui Minguêns de Oliveira.
A infraestrutura vai criar, numa primeira fase, 50 postos de trabalho directos, prevendo-se atingir até 150 nos próximos cinco anos.
O projecto, orçado em oito mil milhões de de kwanzas, é uma iniciativa da empresa Oftalmed e financiado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
A fábrica de lentes oftálmicas, primeira na região da África central e no grupo de Países Africanos de língua Oficial Portuguesa (PALOP), contará com a colaboração de marcas internacionais como a ZEISS, empresa alemã, um dos maiores produtores de lentes no mundo, e as empresas Schneider e Buhler, líderes no desenvolvimento e produção de máquinas industriais para o sector.
Numa primeira fase a fábrica, instalada numa área de 1800 metros quadrados, terá uma produção diária de mil lentes, que poderá duplicar quando for lançada a segunda linha de produção.
A inauguração ficou marcada com a entrega por parte do administrador do Instituto nacional de Pequenas e Médias empresas (INAPEM), Osvaldo Rasgado, do certificado do selo “Feito em Angola”, como marca de um produto nacional.
Segundo o titular da Indústria e Comércio, Rui Minguêns de Oliveira, a fábrica de lentes vem colmatar uma necessidade premente do país e das pessoas que precisam de óculos.
“É um passo importante para o país a inauguração da fábrica, visto que ao serem produzidos no país, os custos aos clientes serão mais acessíveis”, salientou.
A prestigiar o acto, esteve a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, que destacou que a instalação da primeira fábrica de lentes é uma prova que os investidores acreditam no desenvolvimento de Angola.
Luísa Damião referiu que se deve encorajar os investidores a apostar seriamente no desenvolvimento de Angola.
Por seu turno, o administrador da Oftalmed, Hamyn Habib realçou que no espaço serão fabricadas lentes oftálmicas progressivas, bifocais, anti-reflexo, anti-risco e de contacto, para atender as necessidades dos utentes com problemas de visão.
“As lentes nacionais serão mais baratas, por não agregar custos inerentes à importação, e os utentes para além de abastecer o mercado interno, a empresa também prevê exportar a sua produção, no sentido de captar divisas para o país.
A Oftalmed, detentora da rede Centro Óptico, já disponibiliza produtos como lentes oftálmicas e armações para clínicas e hospitais em oito das 18 províncias do país, garantindo que vão expandir os seus serviços para mais cinco, designadamente, Uíge, Moxico, Malanje, Bié e Cunene.