O transporte de mercadorias no Porto do Soyo registou um crescimento anual de 7,01 por cento e o de passageiros 147 por cento, em 2023, anunciou ao Jornal de Angola o presidente do Conselho de Administração da companhia, Fernando Dias.
O volume de mercadorias manuseada na empresa portuária ascendeu a 22.648 toneladas, no ano passado, contra 207.695, em 2022, enquanto o de passageiros cresceu para 93.829, face aos 37.913 do período anterior, fruto de operacionalização do Terminal Fluvial de Passageuris e Carga.
No ano findo, apontou, a Empresa Portuária movimentou 6.828 contentores ou 4.398,50 unidades equivalentes a 20 pés (TEU).
De acordo com Fernando Dias, no Porto do Soyo, atracaram navios de diversas proveniências e com diferentes destinos, trazendo mercadorias, principalmente, da Singapura, China, Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul, ou transportando para a China, Singapura, Congo Brazzaville, Togo e Congo Democrático, utilizando a via fluvial.
Em termos financeiros, prosseguiu, o Porto encerrou o ano com um volume de negócios superior a três mil milhões de kwanzas, mais 20 por cento que os 2.500 milhões de 2022.
Terminais subsidiários
Fernando Dias adiantou que o Conselho da Administração do Porto do Soyo projecta constituir uma comissão multidisciplinar com todas as sensibilidades envolvidas na actividade portuária, para fazer um estudo comparado dos preços praticados no Terminal do Kimbumba e no de passageiros do Soyo, para estabelecer os parâmetros de precificação nesse último terminal.
Ao Jornal de Angola, Fernando Dias garantiu que o Terminal do Nóqui não está abandonado, havendo um projecto para que entre em funcionamento na agenda do Executivo e no Plano de Desenvolvimento do Ministério dos Transportes.
Fernando Dias lembrou ser do domínio público o Decreto Presidencial nº 262/23, que autoriza a despesa e a formalização da abertura de um procedimento de contratação simplificada para adjudicação do contrato de empreitada para a construção do Terminal Fluvial do Nóqui.