Fórum quer atrair investidores e turistas para a região angolana do Okavango

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O primeiro fórum de Investidores na Região Angola do Okavango, que decorrerá entre os dias 17 e 22 do presente mês, que visa colocar frente-a-frente empreendedores e investidores, tem uma única missão: atrair investimentos no sector do Turismo e serviços transversais na Região para o pleno aproveitamento das oportunidades de negócio.

Na qualidade de anfitrião, o governador do Cuando Cubango, José Martins, não tem dúvidas de que os investidores nacionais e internacionais, “habituados a ouvir as histórias de guerra do passado ocorridas na nossa província, vão ficar satisfeitos com os planos que serão colocados em cima da mesa”.

Segundo o governante, da responsabilidade do Estado já foram criadas as condições de habitabilidades para o exercício da actividade turística, assim como os trabalhos de desminagem nos troços para garantir a livre circulação de turistas às potenciais zonas da região.

Sob o lema “Explorando as Oportunidades de Negócios”, a actividade promovida pelo Ministério da Cultura e Turismo   inclui a apresentação de temas e troca de experiências entre empresários nacionais e estrangeiros; visita guiada às principais áreas de interesse e exposição das potencialidades turísticas da região.

Visão optimista

José Martins tem uma visão optimista. “O caminho faz-se caminhando”, atira em conversa com o Jornal de Angola.  Lembra que o Governo, por meio de Decretos Presidenciais, está a trabalhar para a abertura dos acessos, nomeadamente em projectos de construção de estradas nos troços entre Kaíundo, Savat e Kuangar, assim como nas estradas nacionais 280 (nos troços Cuito-Cuanavale-Mavinga e Mavinga-Rivungo) e na 295 ( Dirico, Mucusso, Likua e  Luengué-Luiana). “É sabido que a falta de acessos é das principais queixas dos investidores, pelo que as obras acima mencionadas vão, seguramente, proporcionar acessibilidade às potenciais áreas de desenvolvimento da região do Okavango”.  E precisou: “A província já está a sentir a presença de investidores, especialmente no Parque Nacional Luengue-Luiana”.

 “Temos diversas potencialidades para serem desenvolvidas e exploradas, a fim de proporcionar oportunidades de negócios aos angolanos, já que a região possui vários encantos e a terra oferece condições para o desenvolvimento do turismo”, acrescenta o governador do Cuando Cubango, para quem “a província é de extrema segurança, essencialmente nas regiões propícias ao turismo   de natureza, com ricos cenários da fauna e da flora”.

No entanto, reconhece a ausência de infra-estruturas logísticas básicas “para apoiar os visitantes”, mas não tem dúvidas de que o Okavango tem locais espectaculares para o turismo, apelando aos investidores para apostarem na construção de resorts, hotéis ou campings.

A região angolana do Okavango é uma vasta área que abrange aproximadamente 151.406 km2 e engloba partes de seis províncias de Angola – Cuando Cubango, Bié, Moxico, Cunene, Huíla e Huambo.

A região abriga bacias hidrográficas de grande importância nacional e regional, desempenhando um papel fundamental para o funcionamento dos ecossistemas tanto em Angola quanto nos países vizinhos. Devido à sua diversidade de ecossistemas, a região alberga uma das mais importantes biodiversidades do país, tanto em termos de flora quanto de fauna. Além disso, possui uma das maiores reservas de vida selvagem angolana, com destaque para os refúgios da vida selvagem do Bico de Angola.

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