O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, pediu, quarta-feira, em Luanda, à Direcção da TAAG, a resolução dos problemas que impedem o crescimento da companhia de bandeira nacional.
Ao discursar durante a apresentação dos novos membros do Conselho de Administração da TAAG, realizada ontem, segundo um comunicado de imprensa do Ministério dos Transportes, o governante pede que a companhia seja de referência, a nível interno e externo.
“A navegabilidade atempada da frota existente nas rotas em funcionamento, e a garantia da satisfação nas rotas domésticas e internacionais dos passageiros TAAG têm vindo a enfrentar obstáculos que temos de resolver de uma vez por todas. Foi justamente a pensar na sua eficaz resolução que os accionistas da companhia procederam às alterações ontem anunciadas e hoje aqui apresentadas”, disse Ricardo Viegas d’Abreu durante o encontro.
O ministro acrescentou que “os accionistas da companhia esperam, obrigatoriamente, a entrega de resultados por parte daqueles a quem confiam a gestão dos seus activos. Os da TAAG esperam – e esperamos todos – o pleno funcionamento da frota e das rotas em que a companhia opera, quer em Angola quer no estrangeiro, bem como na sua extensão e recuperação da confiança e preferência dos passageiros na companhia aérea pela qualidade do serviço prestado”.
O ministro sublinha que ” não são só o mercado ou a companhia que têm de se adaptar consistente e permanentemente aos desafios que lhe são colocados. O desempenho dos seus órgãos directivos, a todos os níveis, e a plena adaptação de todos os trabalhadores às exigências de crescimento, são imprescindíveis para que a TAAG funcione bem a todos os níveis”.
Para que a TAAG se mantenha uma companhia relevante, o titular da pasta dos Transportes lembrou aos presentes que é necessário que a sua gestão assegure o crescimento orgânico, assente na modernização funcional e digital do seu desempenho.
O ministro defende que a TAAG assegure o cumprimento de todos os requisitos regulamentares, a navegabilidade da frota existente e o ajustamento necessário para a introdução da frota de nova geração, o que deverá acontecer em breve.
O relacionamento com o cliente é também um dos aspectos a ser continuamente melhorado, com recurso aos melhores padrões internacionais do sector em termos de criação de empatia, aumento da confiança e da satisfação.
Com este propósito confiou a missão ao novo Conselho de Administração “de preparar a TAAG para tirar vantagem dos fluxos globais e do mercado transcontinental, quer em termos do transporte de passageiros, quer do transporte de carga”.
Segurança operacional
A fonte acrescenta que o ano de 2023 marca a história da aviação nacional, bem como continental, com a inauguração e entrada em funcionamento do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
Neste contexto, o ministro exigiu da TAAG um desempenho igual ou superior ao das companhias aéreas que operam no espaço aéreo nacional, designadamente ao nível da sua governança, segurança operacional, controlo interno e satisfação dos seus clientes/passageiros.
“A implementação do plano de negócios, com a preparação para a abertura do novo aeroporto e do mercado único do transporte aéreo africano, assim como a introdução de aeronaves da nova geração, são exigências às quais é preciso dar resposta em tempo útil”, salientou ainda o ministro dos Transportes.
O Conselho de Administração da TAAG é agora composto por António dos Santos Domingos, que assumiu a função de presidente do Conselho de Administração; Nelson Pedro Rodrigues de Oliveira, como presidente da Comissão Executiva; Misayely Celestino Isaac Abias, Iuri Miguel Guerra Neto, e Miguel Carneiro como administradores não Executivos; e João Miguel da Gama Lobo Semedo, Sais Daalaoui, Maria Manuela Resende da Costa Pardal, Nowel R. Nagala, Custódia Gabriela Pereira Bastos, e Susana Ramos como administradores Executivos.