Governo do Cunene investe mais de 55 milhões de kwanzas no saneamento básico

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Cinquenta e cinco milhões de kwanzas foram investidos pelo Governo da província do Cunene, na aquisição de novos equipamentos destinados a limpeza, recolha e tratamento dos resíduos sólidos na cidade de Ondjiva, sede capital.

Com um universo de 113 mil e 280 habitantes, residentes em 26 bairros, a cidade de Ondjiva, produz em média cerca de 66 mil e 835 quilogramas de lixo/dia.

A informação foi prestada esta quarta-feira, à ANGOP, pelo director do Gabinete de Estudo e Planeamento do Cunene, Marcelino dos Santos, a margem do acto de entrega de equipamentos de limpeza, referindo que o investimento enquadra-se no programa de Despesas de Apoio ao Desenvolvimento (DAD).

Nesta senda, disse que foram adquiridos 60 contentores de lixo, 15 barcas e diversos equipamentos de limpeza como carrinhos de mão, vassouras, pás, ancinho, picaretas, enxadas catanas, entre outros, no sentido de reforçar os meios existentes para o saneamento básico na circunscrição.

Realçou que o governo contratou uma empresa que, em parceria com a administração municipal do Cuanhama, vão realizar trabalhos de limpeza, recolha e tratamento de resíduos sólidos na zona urbana da cidade.

Esclareceu que a administração estará envolvida no trabalho de recolha porta a porta de resíduos, no interior dos bairros, com auxílio de motos basculantes.

Fez saber que no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), a Administração do Cuanhama fez aquisição de 20 motos basculantes para facilitar a recolha de lixo, prevendo-se a comparticipação dos moradores.

Por seu turno, a governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, enalteceu o investimento, sublinhando que os equipamentos entregues vão permitir reduzir os focos de lixos.

Gerdina Didalelwa realçou que o governo está preocupado com os amontoados de resíduos sólidos em diferentes bairros.

Disse que os instrumentos adquiridos irão reforçar o processo de limpeza e recolha realizado pela administração do Cuanhama.

Admitiu que a cidade de Ondjiva é  uma região bastante problemática, sobretudo  em época chuvosa, por não dispor de pavimentação e passeios nas vias, elevados charcos de água parada, capim e lixo espalhado, o que requer dos gestores maior inteligência e responsabilidade para colmatar o défice.

A governante solicitou maior  consciencialização dos munícipes, no sentido de terem noções básicas das boas práticas de recolha e depósito de lixo em locais apropriados.

Assegurou o contínuo investimento do governo na aquisição de mais meios, como camiões basculantes e compactadoras, de modo a auxiliar no processo de recolha de resíduos.

Já o gestor da empresa contratada CCJ, Paulo Carvalho, disse que neste momento a empresa dispõe de uma equipa com mais de 60 pessoas, prevendo-se a contratação de outros, que serão agrupados em diversas equipas para desenvolver trabalho de recolha de resíduos e limpeza da zona urbana da cidade.

O responsável disse que vão traçar rotas e horários próprios de recolha do lixo, para permitir um trabalho ininterrupto.

Ondjiva conta com um aterro sanitário com capacidade de armazenamento de 90 mil metros cúbicos de resíduos sólidos, que contempla duas células de 45 mil metros cúbicos cada.

Orçado em 296 milhões, 902 mil e 850 kwanzas, o aterro foi construído numa área de 4,8 hectares na localidade de Kapanda, dispõe de uma estação de tratamento de águas residuais, uma balança com capacidade de 60 toneladas e um edifício de apoio administrativo.

Dados da administração do Cuanhama indicam que anualmente são produzidos 24 milhões, 60 mil e 672 quilogramas de resíduos sólidos a nível da cidade de Ondjiva.

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