Brasil propõe fundo global de conservação florestal na COP28

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O Brasil divulgou nesta sexta-feira uma proposta na cúpula climática COP28 para criar um fundo global para financiar a conservação florestal que espera poder arrecadar 250 bilhões de dólares de fundos soberanos e outros investidores, incluindo a indústria do petróleo.

A proposta, apresentada em painel durante o encontro em Dubai, prevê financiamento a 80 países que possuem florestas tropicais para ajudar na manutenção de suas árvores, com pagamentos anuais baseados nos hectares conservados ou restaurados.

O governo brasileiro disse que a proposta, chamada “Florestas Tropicais para Sempre”, visa preencher uma lacuna que existe atualmente nos mecanismos de financiamento que se concentram principalmente em pagamentos pela captura de carbono ou serviços ambientais.

“Há uma necessidade urgente de recursos financeiros em grande escala para proteger as florestas tropicais, a sua biodiversidade e as pessoas que vivem, protegem e dependem destas florestas”, segundo a apresentação da iniciativa.

O plano apresentado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê a criação de um instrumento global inovador para remunerar a manutenção e restauração das florestas tropicais.

O Brasil está pedindo a outros países que contribuam para o desenho final do fundo.

“São os países com florestas tropicais que contribuirão para melhorar esta proposta, para que ela se torne verdadeiramente uma iniciativa formal”, disse à Reuters o negociador climático brasileiro André Correa do Lago.

Entre os critérios para os países participantes do fundo, as taxas anuais de desmatamento devem permanecer abaixo de um percentual ainda a ser definido, e devem estar diminuindo ou permanecer muito baixas. Os países que desmatassem seriam penalizados com descontos em financiamento.

A meta inicial de captação de recursos, segundo apresentação do governo brasileiro, é de US$ 250 bilhões. Os fundos seriam depositados numa organização global, que poderia angariar recursos adicionais através da emissão de obrigações de baixo risco.

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