Contrabando de combustível tira sono das autoridades em Cabinda

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A Secretaria Provincial dos Recursos Minerais e Gás (SPRMPGC) em Cabinda lançou na última quarta-feira, em Cabinda, uma operação com objectivo de combater o descaminho e o contrabando de combustível além-fronteiras.

O secretário Provincial da SPRMPC, Henrique Bitebe, disse que a operação tem um conjunto de acções e vai durar 60 dias nos quatro municípios (sede-Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e Belize), onde os fiscalizadores do sector vão auferir as formas de gestão dos combustíveis, nos postos de abastecimento, cujos dados deverão ajudar na melhoria da distribuição e definir as quantidades a serem disponibilizados aos revendedores.

“É uma orientação para encontrarmos mecanismos desencorajadores e controlar o contrabando de combustíveis”, disse.

Avançou ainda que, do levantamento antes realizado pela SPRMPG, foi apurado que a maioria dos postos de abastecimento de combustíveis na província não fazem a retenção dos produtos (gasolina e gasóleo) para atender os consumidores e, por outro, foi identificado a existência de depósitos adulterados aos de origem, nas viaturas dos citadinos, com destaque aos taxistas, que servem de transporte de grandes quantidades para serem contrabandeados.

Por isso, avançou que nesta operação está igualmente a acção de controlo dessas viaturas, as suas rotações após o abastecimento nas bombas, tendo em conta “o vai e vem que fazem em intervalos de duas a três horas, retornando para as bombas para abastecerem seus depósitos adulterados”.

“Não se justifica, uma viatura depois de abastecer e no intervalo de duas a três horas essa mesma viatura retorna as bombas para reabastecer. Esse é o fenómeno que vamos combater para pôr fim as constantes filas que se registam na cidade e vilas da província, na razão de que, grande parte da gasolina e gasóleo e traficado”, disse.

Nos últimos cinco meses, a cidade de Cabinda e vilas dos municípios do interior registaram enormes filas de viaturas para abastecer a gasolina e gasóleo, fenómeno que está deixar de existir nas últimas duas semanas, devido ao cerco das forças de defesa e segurança e ordem interna no combate ao contrabando de combustíveis ao longo das fronteiras terrestre, fluvial e marítima com os países vizinhos.

Um litro de gasolina, que custa 300 kwanzas, preço oficial, chega a ser comercializado pelos contrabandistas entre 800 a mil kwanzas, enquanto o gasóleo atinge entre 400 a 500 kwanzas o litro.

Diariamente em Cabinda são apreendidos e frustrados pelas forças policiais e de defesa e segurança  elementos e meios que traficam combustíveis ao longo das fronteiras terrestre e marítima, cujas quantidades atingem acima de 5 a 10 mil litros em recipientes de bidons de 25 litros e 200 litros.

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