O programa de estágios profissionais na indústria petrolífera, destinado às estudantes finalistas dos cursos técnico-profissionais, foi lançado na quinta-feira, em Luanda, com objectivo de proporcionar oportunidade para aplicarem seus conhecimentos teóricos em situações práticas.
O lançamento do programa denominado “Ubuntu”, é uma promoção da Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA), em parceria com a plataforma Muhatu Energy Angola (MEA).
O programa de estágio terá a duração de três meses. As candidatas serão seleccionadas com base no desempenho académico, paixão pela área técnica e desejo de fazer a diferença na indústria petrolífera.
Numa primeira fase do programa, o público-alvo será composto pelas estudantes do Instituto Nacional de Petróleos (INP) e do quarto ano ou finalistas do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC).
O acto de lançamento, foi testemunhado pelo director Geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional ( INEFOP), Manuel Mbangui e da Administradora Executiva da Sonangol, Olga Sabalo Miranda.
Na ocasião, o director geral do INEFOP, Manuel Mbangui, disse que o referido programa de estágio destinado às estudantes finalistas dos cursos técnico-profissionais tem como objectivo principal proporcionar às estudantes a oportunidade de emergir no ambiente de trabalho real, onde enfrentarão os desafios diários e aplicarão seus conhecimentos teóricos em situações práticas.
“Todos temos consciência que os estágios são uma excelente oportunidade de entrada para o mercado de trabalho, uma forma de se conseguir um emprego após licenciatura” , frisou o responsável.
Já administradora Executiva da Sonangol, Olga Sabalo, sublinhou que o Ubuntu não irá apenas permitir o acesso a informações, experiências e vivências únicas, mas vai igualmente oferecer suporte e orientação durante todo processo de estágio.
Por sua vez, o presidente da Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola, Emanuel Bo Dontoni, destacou que a quota de mulheres no sector é ainda muito baixa e que há um caminho a percorrer no sentido de se inverter o quadro.
“O programa de estágio impactará a elevação da quantidade e qualidade do capital humano da indústria petrolífera no nosso país, o que é um dos objectivos do conteúdo local”, enfatizou .
A vice-presidente da ASSEA, Berta Rodrigues, disse, no acto de lançamento, que as mulheres muitas vezes são injustiçadas nos seus locais de trabalho, situação que a associação que representa, por via deste e de outros programas, pretende inverter.
“Com 18 anos de experiência, testemunhei uma realidade persistente: Mulheres, mesmo com qualificações e habilidades notáveis, muitas vezes são preteridas, confrontando um mar de obstáculos que infelizmente ainda persistem. Na minha trajectória me deparei inúmeras vezes com injustiça”, concluiu Berta Rodrigues.
Segundo a responsável, as mesmas começarão por absorver noções sobre o funcionamento e regras de organização, aprendizado sobre o ISO (Standartização Internacional da Organização), cultura e estratégia da organização. Durante os estágios também irão se inteirar sobre os procedimentos usados, introdução à higiene, segurança e ambiente, bem como as Key Performance Indicators (KPI).
A directora Executiva da Enagol, Janice Faria, uma das empresas que está a proporcionar estágio às estudantes, acrescentou que as estagiárias adquirirão conhecimentos práticos em técnicas reais de engenharia, bem como habilidades para trabalho de campo, seguindo todas as regras e regulamentos aplicáveis.
Poderão igualmente Identificar áreas específicas que requerem crescimento pessoal ou profissional e estarão mais bem preparadas para enfrentar esses desafios, precisou.