A Sonangol e a China National Chemical Engineering (CNCEC) assinaram em Luanda, o contrato para a construção da Refinaria do Lobito, que terá capacidade diária para processar 200 mil barris de petróleo, com custo do investimento de cerca de 6 mil milhões de dólares.
A informação foi avançada, à imprensa, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, no final do encontro que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu ao PCA da construtora chinesa CNCEC, Weng Gang, no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.
“As capacidades de processamento da Refinaria do Lobito mantêm-se em 200 mil barris/dia e a previsão do custo do investimento é de cerca de 6 mil milhões de dólares”, declarou o ministro Diamantino Azevedo.
Aos jornalistas, o governante confirmou que antes de se decidir pela assinatura do contrato, amanhã, a petrolífera angolana realizou estudos, que permitiram baixar o custo do investimento e o aumento do standard da qualidade da refinaria, em parceria com a empresa norte-americana que concebeu o projecto inicial, que terá dimensão regional.
Diamantino Azevedo disse que a opção em adjudicar a empreitada à CNCEC surge do facto desta empresa reunir “bastante experiência” na construção de projectos de refinação e petroquímica, aliado ao histórico de a mesma ter já trabalhado na melhoria da Refinaria de Luanda, para o aumento da capacidade de produção de gasolina.
O governante sublinhou que a opção pela construtora chinesa CNCEC foi, ainda, determinada pelo tempo reduzido avançado para a construção do projecto (até antes de 2026), ao contrário de outras propostas recepcionadas.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse que outros factores que definiram a escolha da construtora chinesa e que deverão levar à assinatura do contrato de construção da Refinaria da cidade portuária do Lobito também foram as visitas de constatação realizadas às refinarias construídas pela CNCEC em várias regiões do Globo.
Apesar de não ter feito referência ao valor inicial do projecto de construção da Refinaria do Lobito, o ministro considerou “significante” a redução conseguida de 6 mil milhões de dólares.
“Perante as circunstâncias actuais relacionadas com o aumento das matérias-primas para construção da refinaria, caso do aço e outras componentes, a redução conseguida é significante”, declarou Diamantino Azevedo, lembrando que o projecto teve início há anos,tendo registado uma paralisação nas obras iniciais, sem, contudo, indicar as causas que estiveram na base da interrupção.
Empresário chinês assegura compromisso
Em declarações aos jornalistas, após o encontro com o Chefe de Estado, o líder da China National Chemical Engineering (CNCEC) assegurou capacidade da sua empresa em cumprir com os compromissos para a construção da Refinaria do Lobito, nos prazos previstos.
“Estamos a trabalhar com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como com a Sonangol para que o projecto seja finalizado na data prevista (antes de 2026)”, declarou o empresário chinês, Weng Gang, durante o momento com a imprensa.
Weng Gang disse que durante o encontro com o Chefe de Estado manifestou a disponibilidade da sua empresa para contribuir em projectos no sector dos Petróleos, Engenharia Química e Fertilizantes.