A Nokia vai despedir entre 9 e 14 mil pessoas, num esforço de redução de custos, segundo um comunicado divulgado pela empresa esta quinta-feira.
Na nota, a empresa explica que pretende reduzir entre 800 milhões e 1,2 mil milhões de euros em custos até ao final de 2026, face a 2023. Para chegar a esse número, irá reduzir a sua força de trabalho dos atuais 86 mil funcionários para 76 a 72 mil. Tal representa uma redução de 10 a 15% nas despesas com pessoal e um corte de até 16% na força de trabalho.
A Nokia espera economizar até 400 milhões de euros em 2024 e mais 300 milhões em 2025 com estes cortes.
“A escala exata do programa dependerá da evolução da procura do mercado final. Espera-se que o programa proporcione poupanças numa base líquida, mas a magnitude dependerá da inflação. Espera-se que as economias de custos sejam alcançadas principalmente em redes móveis, serviços de nuvem e rede e nas funções corporativas da Nokia”, lê-se na nota da empresa de telecomunicações finlandesa.
“As decisões de negócios mais difíceis de tomar são aquelas que impactam o nosso pessoal. Temos funcionários extremamente talentosos na Nokia e apoiaremos todos os que forem afetados por este processo”, disse, citado na nota, o presidente da empresa, Pekka Lundmark.
A notícia dos despedimentos chega no mesmo dia em que a Nokia revela que, no terceiro trimestre, as vendas caíram 20%, a margem de lucro comparável caiu mais de 3 pontos percentuais, o lucro por ação caiu para 0,02 euros e o lucro caiu 69% (de 428 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022 para 133 milhões este ano.