A empresa Emadel, do grupo OMATAPALO, subiu o seu volume de negócios de três mil milhões 317 milhões 481 mil 925 kwanzas/ano em 2021, para 7.834.107.974 em 2022, fruto de um financiamento da linha do Aviso 10 do BNA, avaliado em mais de quatro mil milhões de kwanzas.
O financiamento inserido no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) serviu para alavancar a actividade produtiva da empresa, segundo o responsável pela contabilidade da Emadel, Bernardo Branco.
O responsável avançou trata-se de um financiamento, cujo contrato foi feito em Dezembro de 2021, num valor de cinco mil milhões 240 milhões de kwanzas, com período de carência de 24 meses e um prazo de reembolso de 120 meses. Do valor quatro mil milhões 250 milhões 759 mil 462 já foi utilizado.
Em declarações à ANGOP, na sexta-feira, nesta cidade, o responsável afirmou que só no ano em curso, de Janeiro até o momento o volume de negócios ronda aos perto de seis mil milhões de kwanzas.
O contabilista que falava após uma visita de avaliação do impacto do financiamento pela Direcção Nacional para a Economia e Fomento Empresarial do ministério de tutela, disse que o valor satisfaz, na medida que ampliou a empresa, criou mais postos de trabalho e canalizou mais rotação de activos para honrarem os compromissos.
Realçou que a mão-de-obra na empresa subiu de 284, desde finais de 2021 para 326 até o mês de Julho de 2023, feito do financiamento, que foi canalizado principalmente para a aquisição de matéria-prima, acompanhado com investimentos em meios, mais modernos para melhorar a qualidade final dos produtos.
Bernardo Branco salientou que a empresa tem no Estado o principal cliente, num contrato de fornecimento de carteiras escolares, dentro de um concurso, sobretudo para as províncias do Namibe, Huíla e Benguela, onde já estão a produzir e fazer entregas.
Explicou que o valor do financiamento é desembolsado na medida em que forem adquirindo a matéria-prima, não entrando directamente na conta da Emadel, mas saem do banco para as contas dos fornecedores, salvo se a empresa precisar de atender algumas questões próprias, poderão ser transferidos.
Destacou como dificuldade, a taxa de câmbio, uma vez que o contrato foi feito em kwanzas e a matéria-primas é principalmente importada de Portugal, o que gera constragimentos, pois estão a pagar mais do que a receber, o que dificulta a empresa em honrar os compromissos com os funcionários, pagamentos de impostos e outras contas.
“Não é que tenhamos salários em atrasos ou impostos por pagar, mas em termos de gestão de tesouraria exige mais cuidado, planeamento, raciocínio”, reforçou.
Reforçou que Angola tem madeira e a Emadel tem fornecedores nacionais a contribuírem para a incrementarão da produção interna, mas ainda existe insuficiência, principiante no que refere a prazos de entregas de determinados produtos que tem de ver com ferragens, matérias subsidiárias, entre outras que complementam o processo produtivo.
“O país ainda tem insuficiência no que se refere algumas componentes de ferragem que compõem o nosso processo produtivo.
Temos recorrido ao mercado externo para atender essas insuficiências, mas em termos da a madeira bruta, o mercado nacional é o nosso principal fornecedor” continuou.
Fez saber que Emadel para além das carteiras, fornece portas, mobiliários de escritórios, conforme as necessidades dos clientes, fazendo a produção por obra e não em série.
Por sua vez, o director nacional para a Economia e Fomento Empresarial do ministério de tutela, Manuel Quilende, referiu que o balanço é positivo, pois a empresa conseguiu dar um avanço na sua sua capacidade de produção e a geração de mais receitas no seu volume de negócios.
Ressaltou tratar-se de visitas de reforço com as direcções nacionais do Ministério da Economia e Planeamento, nas províncias onde o PRODESI beneficiou empresários com a finalidade de perceber o impacto que os projectos estão a agregar na economia real de cada província.
Fez saber que no âmbito do Aviso 10 do BNA, 15 projectos já foram desembolsados na província.