Alta de preço dos insumos afecta produção agrícola na Funda

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A oscilação de preços dos principais insumos agrícolas está a influenciar negativamente a produção de diversos produtos do campo, por via de rega, na comuna da Funda, Cacuaco, Luanda, onde cooperativas falam da redução da colheita.

Trata-se de insumos como fertilizantes, sementes e insecticidas, cujos preços sofreram alterações, nos últimos meses, em comparação com o primeiro trimestre deste mesmo ano.

O presidente da cooperativa agrícola Hispano Angola, Higino Sacova, lamentou o facto, numa altura em que alteram também os preços dos produtos do campo no mercado informal.

Em declarações à ANGOP, o gestor, a título de exemplo, aponta o preço do litro dos insecticidas que passou de 10 mil kwanzas, no primeiro trimestre para Kz 12 mil, o saco de 50 quilogramas de fertilizantes de Kz 18 mil para 35 mil kwanzas, a ureia de Kz 12 mil para 32 mil kwanzas, valores que considera insustentáveis para a produção que se quer.

“Por falta de fertilizantes cada sócio produz apenas 1 tonelada para um hectare, isso se deve ao preço alto dos insumos de produção. Para se ter uma ideia, 1 hectare precisa no mínimo dez sacos de adubo e 300 gramas de semente”, frisou.

A cooperativa conta com 350 hectares disponíveis na fazenda experimental para a actividade.

Higino Sacova referiu que, nesta altura do ano, a fazenda está a produzir couves, repolho, tomate, rama de batata e gimboa, bens produzidos na época chuvosa que  fazem desta fazenda uma referência na zona da Funda, mas actualmente  em quantidades reduzidas.

Olhando pelo que se ganha, referiu que actualmente  o custo de produção  continua a ser maior que os lucros, mesmo produzindo mais de 25 toneladas dos produtos referidos, cuja produção é encaminhada aos mercados informais.

Drenagem das águas

Além da alta dos preço dos insumos, a fazenda experimental, localizada no bairro do Mulundo, comuna da Funda, tem sido assolada pelas enchentes na época chuvosa o que afecta directamente a produção em grande quantidade no  período.  

Segundo o presidente da cooperativa, Higino Sacova, numa época em que se aproxima a época chuvosa 100 hectares ficam inundados, dos 350 controlados, causando perdas da produção de mais de 10 toneladas da produção de couve, pepino, pimenta e milho.

 “Com essas inundações pode-se perder, aproximadamente, três  milhões de kwanzas em cada produção nessa época”, lamentou o gestor que por vezes recorre a sistemas que permitem sugar a água dos campos para atenuar os prejuízos.

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