Peritos da Development Finance Corporation (DFC), instituição norte-americana financiadora do Corredor do Lobito, deslocaram-se esta quarta-feira ao município do Caimbambo, província de Benguela, para avaliar o estado actual das infra-estruturas, soube a ANGOP.
Segundo uma fonte do consórcio Lobito Atlantic Railway, que vai explorar o corredor, o objectivo da vinda da DFC à provincia de Benguela é ver, no terreno, como serão empregues os 300 milhões de dólares a investir no projecto.
Durante o trajecto Lobito/Caimbambo, a delegação apreciou a linha férrea e trocou impressões com o Presidente do Conselho de Administração do CFB, António Cabral, enquanto que na sede do município visitou a Estação local.
A fonte afirmou que ainda não há uma data exacta para o consórcio entrar em funções, porque falta, entre outros quesitos, a formação e passagem do pessoal para sua responsabilidade, embora seja já um facto que este assunto estará resolvido este ano.
Entretanto, o PCA do CFB afirmou que o investimento vai incidir em várias vertentes, tal como a dos equipamentos e acessórios.
Questionado sobre a capacidade da linha férrea, disse que foi projectada para uma velocidade máxima de 80 quilómetros por hora.
“Uma possível intervenção dependerá de equipamentos específicos para poder melhorar a velocidade do comboio”, explicou o PCA.
De regresso ao Lobito, a delegação reuniu-se com o Conselho de Administração do CFB e o consórcio para discutir questões técnicas sobre o assunto.
O consórcio Lobito Atlantic Railway terá como missão a exploração da carga pesada e a manutenção das infra-estruturas, enquanto que o CFB vai responsabilizar-se pelo transporte de passageiros e de cargas mais leves.
O consórcio é composto por três empresas, nomeadamente a Trafigura, Vecturis e a Mota Engil.
As negociações para a gestão do Corredor do Lobito duraram dois anos, com início em 2020, passando pela fase de lançamento do concurso para a concessão dos contratos, em 2021.
A assinatura do contrato foi realizada no dia 4 de Novembro de 2022.