O Investimento privado em Angola foi tema de escrutínio na manhã desta terça-feira, 15 de março, em Luanda, em sessão de “Executive Breakfast” entre entidades estatais e investidores privados.
Organizado pela Ernst & Young (EY), a sessão de conversa sobre o ambiente fiscal e as oportunidades de investimento entre entidades afectas a AIPEX e AGT com investidores privados serviu de apresentação dos benefícios fiscais de suporte aos investidores interessados em aplicar seus capitais e recursos no mercado angolano.
Em sua abordagem, Jerónimo Pongolola, Administrador da AIPEX , afirmou que “já é possível investir em Angola”, tendo ainda avançado que ao longo de 2024 a instituição a que representa celebrou um número de contratos acima de 110, equivalente a 2,3 mil milhões de USD em intenções de investimento.
A maioria destas intenções de investimento, segundo Pongolola, tiveram como foco os sectores definidos como prioritários, a saber, indústria, pesca, agricultura e turismo, “que têm demonstrado algum dinamismo”. Dados reportados pela agência em 2024, para este perído homólogo de janeiro à abril, as intenções de investimento por sector, em dólares, rondavam os 598 milhões para a Indústria; 193 milhões para Agricultura; 27 milhões para a Construção Civil; 15 milhões para o Turismo e Hotelaria; 14 milhões para prestação de serviços e, finalmente, 130 mil USD para o sector do Comércio.
Sobre os desatios enfrentados pela AIPEX, o responsável alegou que estes existem mais do lado dos investidores, que “às vezes apresentam insuficiência nos seus processos” e pelo “contexto”, do que propriamente do lado da AIPEX que tem todo o “quadro estabelecido e condições criadas”, em referência ao quadro legal como “um dos mais atractivos da nossa região”, disse.
Para os tempos futuros, além da apresentação pública do relatório de investimento do primeiro trimestre de 2025, Jerónimo Pongolola perspectivou melhorias na atracção e captação de investimento em Angola, assim como reafirmou o compromisso da AIPEX em proporcionar um ambiente de negócio estável aos potenciais investidores.
“O nosso grande desafio hoje é passar a mensagem que existimos para apoiar o sector privado, garantindo que o investidor tenha uma vida tranquila, tenha o seu processo implementado de forma suave […] e que sinta um conforto do lado do Estado”, concluiu.
O “Executive Breakfast”, que teve como tema central “Investir em Angola com Confiança”, acolá da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), contou igualmente com a participação da empresa Ernst & Young (EY), representada por Milton Melo, Head of Tax EY Angola, assim como da Administração Geral Tributária (AGT), representada pela Chefe do Departamento do Cadastro e Arrecadação, Carla Almeida.
