Nos últimos anos, Burkina Faso tem enfrentado desafios profundos, desde ameaças extremistas até instabilidade política e econômica. No centro dessa batalha está Ibrahim Traoré, o jovem líder militar que assumiu a presidência com a promessa de restaurar a segurança e fortalecer a soberania do país.
Desde que chegou ao poder, Traoré tem adotado uma postura firme contra grupos terroristas, rompido alianças tradicionais e buscado novas parcerias estratégicas. Mas suas ações são vistas de formas diferentes: para alguns, ele é um herói nacional, conduzindo Burkina Faso a uma nova era de independência e estabilidade; para outros, sua liderança militar levanta dúvidas sobre o futuro democrático do país. Desde que assumiu a presidência de Burkina Faso em setembro de 2022, o Capitão Ibrahim Traoré implementou diversas iniciativas visando fortalecer a soberania e o desenvolvimento do país. Entre as principais ações destacam-se:
Diversificação de Parcerias Internacionais, Traoré adotou uma política externa voltada para a diversificação das parcerias internacionais, buscando reduzir a dependência de antigas potências coloniais e estabelecer relações mais equilibradas. Essa estratégia reflete um esforço para promover a autonomia e o desenvolvimento sustentável de Burkina Faso.
Valorização da Identidade Nacional, em uma iniciativa para reforçar a identidade cultural e reduzir a influência colonial, o governo de Traoré substituiu as togas negras de origem francesa usadas por magistrados por trajes tradicionais feitos de algodão local, conhecido como faso dan fani. Essa medida visa sublinhar a identidade nacional e promover a indústria têxtil local, essencial para a economia do país.
Modernização das Forças Armadas, Sob a liderança de Traoré, Burkina Faso intensificou o uso de drones turcos, como os Bayraktar TB2 e Akinci, para combater grupos jihadistas. Esses equipamentos, adquiridos através de parcerias com a Turquia e a Rússia, têm sido fundamentais para reforçar as capacidades militares do país na luta contra o terrorismo.
Promoção da Indústria de Ouro, visando agregar valor à produção nacional, o governo aprovou a construção da primeira refinaria de ouro do país. Essa iniciativa busca processar internamente o ouro extraído, aumentando as receitas governamentais e gerando empregos locais. A refinaria está projetada para produzir aproximadamente 400 kg de ouro diariamente, criando cerca de 100 empregos diretos e 5.000 indiretos.
Ainda sob a liderança do Presidente Ibrahim Traoré, Burkina Faso tem investido significativamente na industrialização agrícola para fortalecer sua economia e reduzir a dependência de importações. Um exemplo notável é a inauguração de duas fábricas de processamento de tomate:
Fábrica de Processamento de Tomate em Bobo-Dioulasso, em novembro de 2024, foi inaugurada uma planta de processamento de tomate em Bobo-Dioulasso, a segunda maior cidade do país. Este projeto, avaliado em US$ 11,9 milhões, foi financiado com 80% de participação acionária popular e 20% de investimento estatal, como parte do programa de empreendedorismo comunitário gerido pela Agência para a Promoção do Empreendedorismo Comunitário (APEC). A fábrica possui capacidade para processar 6 toneladas de tomates por hora, produzindo aproximadamente 800 kg de concentrado por hora, comercializado sob a marca “A’diaa.
E a Fábrica de Processamento de Tomate em Yako, em dezembro de 2024, a Société Faso Tomates (SOFATO) lançou uma fábrica de processamento de tomate em Yako, no norte de Burkina Faso. Com um investimento de US$ 8,9 milhões, a instalação abrange uma área de 1 hectare e tem capacidade para processar 100 toneladas de tomates por dia (5 toneladas por hora).
Esses projetos refletem o compromisso do governo de Traoré em promover a autossuficiência alimentar, agregar valor à produção agrícola local e impulsionar a economia nacional através da industrialização.
