Por décadas, a imagem de liderança Africana corporativa foi moldada por padrões que raramente incluíam uma mulher. E menos ainda uma mulher preta, africana, determinada a conquistar respeito em um setor dominado por homens: a segurança privada. Mas Divine Ndhlukula não apenas entrou por essas portas, ela construiu as suas próprias, blindadas por visão, coragem e propósito.
Nascida em Zimbábue, uma sociedade marcada por desigualdades estruturais, Divine enfrentou desde cedo os desafios de ser mulher, empresária e sonhadora. O que começou com uma ideia ousada e poucos recursos, transformou-se em uma potência continental: a SECURICO Security Services, reconhecida internacionalmente como uma referência em inovação, ética e inclusão. O seu maior feito, porém, não está apenas nos números que impressionam, mas na forma como ela revolucionou o papel da mulher nos negócios. Empregando milhares de pessoas, a maioria mulheres, Divine não fundou apenas uma empresa, ela fundou um movimento. Um exemplo tangível de que é possível liderar com firmeza sem abandonar a sensibilidade, crescer sem corromper valores, conquistar sem esquecer de quem ainda está por vir.
Hoje, como ex-presidente da Zimbabwe National Chamber of Commerce e voz ativa nas pautas de liderança feminina, ela representa muito mais do que sucesso. Divine representa esperança com disciplina, poder com ética, e sobretudo, a possibilidade real de reescrever narrativas.
Quando uma mulher desafia estatísticas, quebra padrões e transforma setores, o mundo precisa parar e reconhecer. Com Dr. Divine Ndhlukula, foi exatamente isso que aconteceu. Sua trajetória ressoou além das fronteiras do Zimbábue, e os prêmios internacionais que recebeu são testemunhos vivos de um impacto que é global, profundo e duradouro.
Algumas distinções a nível global: Forbes Woman Africa Business Woman of the Year (2020), International Women’s Entrepreneurial Challenge (IWEC) Award, Empreendedora do Ano pela Empretec (ONU/UNCTAD), Women in Security Hall of Fame – ASIS International, Lifetime Achievement Award – Zimbabwe Women’s Awards (ZWA), Global Businesswoman of the Year – Women4Africa Awards (UK) entregue em Londres, esse reconhecimento celebra o alcance internacional do seu trabalho, destacando-a como modelo de excelência africana para o mundo.

Ao espelhar-se na trajetória da Dr. Divine Ndhlukula, podemos extrair três chaves fundamentais que toda mulher líder precisa adotar se deseja não apenas liderar, mas deixar um legado de impacto e transformação:
1. Coragem com PropósitoLição de Divine: Ela entrou num setor masculino, sem histórico, sem garantias, mas com uma convicção inabalável de que podia fazer diferente e melhor.Para a mulher líder: Liderar é, antes de tudo, um ato de coragem. Mas não basta ser corajosa — é preciso alinhar essa coragem com um propósito claro. Quando você sabe “por que” está fazendo, encontra forças para continuar mesmo quando ninguém acredita.
2. Excelência no DNALição de Divine: A SECURICO não cresceu apenas por ser uma empresa fundada por uma mulher — cresceu porque entregava excelência. Porque quebrou o estigma de que o feminino é frágil ou desorganizado.Para a mulher líder: Ser boa não basta. Você precisa ser excelente. A sua entrega, ética e consistência devem falar mais alto que qualquer preconceito. Quando você entrega o melhor, torna-se incontornável.
3. Multiplicação de PoderLição de Divine: Ela não chegou ao topo sozinha e nunca quis estar sozinha lá. Emprega e forma mulheres. Puxa outras para cima. Cria oportunidades reais de ascensão.
Ser mulher e ser líder não são forças opostas, são potências complementares. A verdadeira liderança feminina não exige que se vista uma armadura que endurece, mas sim que se use uma presença que ilumina. Dr. Divine Ndhlukula nos ensina, com sua trajetória, que é possível comandar com firmeza e ainda assim preservar a suavidade; tomar decisões difíceis sem abandonar a empatia; construir impérios sem mutilar a essência. A mulher que lidera com verdade não copia o modelo masculino de poder, ela redefine o que é poder. Ela se recusa a ser “menos mulher” para ser “mais respeitada”. Porque compreende que sua força está justamente em ser inteira: racional e intuitiva, estratégica e sensível, estruturada e criativa.
