O sector dos transportes e logística em Angola tem registado progressos assinaláveis nos primeiros meses do ano, com o desenvolvimento de projectos estruturantes, a consolidação de reformas estruturais e os investimentos contínuos na melhoría dos serviços para passageiros e mercadorias, revelou à imprensa o Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, à margem da abertura do III Ciclo Internacional de Conferências Técnicas Ferroviárias, realizado recentemente em Luanda.
Segundo o Ministro, a expectativa é que a disponibilização de importantes infra-estruturas ainda em 2026 reforce o papel do sector no apoio à diversificação económica e ao desenvolvimento do país.
Num evento focado no sector ferroviário, a importância estratégica da extensão da rede ferroviária foi destacada como crítica para o sucesso, a competitividade, a transformação e a diversificação da economia angolana. “As infra-estruturas de transportes e logística são vistas como catalisadores que contribuem para a dinâmica de outros sectores e facilitam o maior crescimento económico, a criação de mais emprego e a diversificação da economia”, disse Ricardo d’Abreu.
Entre os projectos ferroviários com um carácter económico relevante mencionados pelo Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, incluem-se:
- A reabilitação com um novo traçado para o troço Zenza do Tombe – Cacuso.
- A ligação ferroviária entre as capitais de província de Luena e Saurimo.
- Um projecto estruturante de grande porte que poderá configurar um corredor Norte-Sul, interligando caminhos de ferro.
- A concessão do caminho de ferro de Moçâmedes, designado corredor Sul.
Com relação ao caminho de ferro de Moçâmedes, o Ministro fez saber que o objectivo é potenciar a extensão deste caminho de ferro para lá de Menongue e mais para o sul, com ligação à Namíbia. Isso será possível graças a uma “obrigação de investimentos” a ser definida no caderno de encargos para os concorrentes à concessão.
“À semelhança daquilo que conseguimos atingir no corredor do Lobito, pretendemos que os parceiros privados que ficarem com essa concessão garantam um investimento na extensão desse mesmo caminho de ferro. Portanto, na prática, estamos a usar a experiência bem-sucedida que estamos a ter no corredor do Lobito, permitindo então que haja esse contributo do sector privado no investimento e no suporte àquilo que são as iniciativas públicas”, concluiu.
