Sob o lema “Educação Especial, Educação Inclusiva”, a Fundação BAI reuniu especialistas, gestores e o público em geral durante dois dias para abordar o tema numa perspectiva inovadora com vista a criação de um sistema de inclusão no ensino especial nacional.
Os dias 21 e 22 de Maio, o auditório da Academia BAI foi palco da Conferencia de Educação que aconteceu das 9 horas as 12 horas, com o lema “Educação Especial, Educação Inclusive”, uma promoção da Fundação BAI, enquadrada no pilar Educação, que visa a promoção, expansão e a criação de um sistema de ensino especial robusto em Angola.
O evento, aberto pela PCA da Fundação BAI, Inokcelina de Carvalho, foi uma oportunidade criada para que os especialistas da área pudessem refletir em modo debate sobre os problemas, as soluções e a troca de experiências sobre as boas e más práticas dentro do sector, bem como propor caminhos sólidos que levem o país a adoptar políticas acertivas no ensino especial.
Com este evento, além das questões acima, a Fundação BAI tem como foco também trazer a debate o tema sobre as melhores técnicas e formas de formação para os indivíduos que actuam na área, pois estes são o garante de qualquer sucesso dentro do sistema educativo.
“A formação de técnicos é essencial para garantir que o nosso sistema de ensino especial seja dinâmico, actual e eficiente. Só assim vamos garantir maior inclusão, maior assertividade nos programas e uma socialização de pessoas que necessitam de cuidados especiais”, disse a PCA da Fundação BAI, Inokcelina de Carvalho.
Presentes ao evento estiveram, especialistas em vários sectores da vida social com a exemplo da Saúde, Direito e Ambiente, bem como Professores, Estudantes, Familiares de alunos com e sem necessidades especiais, que durante dois dias contribuíram com ideias que visam dar robustez ao sector de ensino especial em Angola.
No primeiro dia a 21 de Maio, foi destaque o painel “Educação Especial, Além do Acesso – Garantir a permanência e o aprendizado para todos” no qual deu-se o início das mesas de debate: “Educação Socioeducativa”; “Vantagens e desafios na Educação Especial”, por Ana Correia Victor (Centro de Neuro Desenvolvimento – Plasticina); e “Por uma Educação inclusiva e de qualidade em Angola e na Região” Contar para Incluir: “a importância dos Dados na Construção de uma Educação Inclusiva”, com prelecção de Raquel Ferrão do UNICEF.
O segundo painel abordou os temas “A inclusão e as relações interpessoais na convivência escolar” com o Dr. Adão Lumbo; “Tecnologia Assistida e Inclusão – Um aprendizado sem barreiras” Floriana Ferreira (INEE) e “A formação dos professores e gestores no atendimento à diversidade” com João Kissunji (INEE).
Para o segundo dia dos debates ficaram reservados ao tema “Juntos na diferença – Potência na educação inclusiva”. Este painel contou com o orador Airoso Conde, do Centro de Neuro Desenvolvimento – Plasticina que abordou o tema “Intervenções Psicopedagógicas em crianças com necessidades educativas especiais”.
“Saúde Mental e Educação Especial no contexto dos Cuidados Primários de Saúde” foi o tema abordado pelo Dr. Tomas Valdez, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e A Educação Inclusiva como agente de mudança social foi falada na voz da Dr. Ana Domingos – INEE; os “Avanços e Desafios existentes no processo de Implementação das políticas e Programas para a promoção e protecção dos Direitos da Pessoa com Deficiência” foi abordado pela Dr. Inês Gaspar, do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher; e a “Terapia ocupacional no contexto escolar” com a Dr. Diane Domingos da Reabilitary.
Ao promover a Conferência sobre Educação Especial, no âmbito do seu pilar Educação, a FBAI tem como objectivo a promoção e o reforço dos vários sectores da educação em Angola, bem como reafirma o seu compromisso com a capacitação das comunidades e a promoção de um ambiente educacional inclusivo.
A FBAI acredita que, através da educação comunitária, é possível transformar realidades e construir uma sociedade mais justa e equitativa, onde cada indivíduo tem a oportunidade de desenvolver o seu pleno potencial e contribuir para o bem-estar colectivo.
