A purificação dar-se-à pela contemplação das obras da exposição “Afro Renascence”, na Ilha de Luanda
O chamado é da “Afrikanizm Art”, que, durante três dias, isto é, sexta (09), sábado (10) e domingo (11) do corrente mês pretende celebrar a africanidade em todas suas dimensões com uma variedade de obras de arte expostas na galeria do Marina Baía Yacht Club, na Ilha de Luanda.
Denominada “Afro Renaissance: Ecos ancestrais, visões actuais”, a exposição de arte contemporânea africana tem por objectivo não apenas a valorização da identidade negra, mas sobretudo a «ressurreição» da genealogia de todo legado negro, conforme João Boavida, fundador da Afrikanizm Art.
“A exposição Afro Renaissance é uma plataforma de trabalho que procura ser um movimento de valorização, de renascimento, de potenciar o registo de tudo que é o legado ou herança histórico-cultural africana; pois é muito importante sabermos de onde viemos e mantermos essa herança viva”, disse.
A exposição conta com um total de 71 obras de arte de um grupo de 11 artistas, sendo 10 angolanos, com realce a Blackson Afonso e Osvaldo Ferreira; e um cabo-verdiano, Amadeu de Carvalho. João Boavida, já citado, espera que a sessão além de trazer surpresas, reflexão e resgate identitário, seja também um espaço de “partilha e união entre países de expressão portuguesa africanos”, portanto, “uma ponte de diálogo dentro do continente”.
Fundada em 2021 com a finalidade de promover e capitalizar artistas angolanos e não só, quer dentro quer fora do país, a instituição congrega mais de 210 artistas em 16 países africanos e já exportou várias obras tanto para a América quanto para a Europa. Para esta edição as obras podem ser adquiridas no local, entre as 15h e 20h, sendo o acesso totalmente gratuito.





