Um estudo do Standard Bank apresentado ontem, 22 de abril, durante o 1º “Briefing Económico 2025” realizado pela referida instituição numa das unidades hoteleiras de Luanda, revela que a partir do segundo semestre do corrente ano haverá “uma outra depreciação da moeda”, com impacto significativo no poder de compra da população.
“É pouco provável que se consiga manter um kwanza estável por muito tempo. Nossa previsão é que a partir do 2º semestre começa outra vez a haver uma outra depreciação da moeda”, alertou Fáusio Mussá, Economista Chefe do Standard Bank para Angola, Moçambique e RDC.
Mussá disse ainda que há uma maior tendência de os preços aumentarem expressivamente caso haja progresso na reforma dos subsídios na ordem dos 50% ou 100%, mas de se estabilizar caso continue na ordem dos 2% por mês: “a inflação já atingiu um pico (2024), o que significa que se a inflação mensal estabilizar em torno dos 2%/mês, estes efeitos de base positivas vão resultar numa desaceleração muito rápida da inflação nos próximos meses”, disse.
De acordo com o estudo, a provável subida da inflação no 2º semestre pode ter maior impacto nos preços tanto dos produtos alimentares (como os produtos da cesta básica), quanto nos produtos não alimentares (como mobiliário, transporte e vestuário), além de outras consequências que o acompanham como o aumento da informalidade e o desincentivo ao investimento estrangeiro .
Por fim, contrariamente a taxa de inflação anual de 17% conforme estipulada no OGE 2025, o recente estudo do Standard Bank prevê que até ao final do ano a taxa de inflação atingirá os 25,2%, isto é, uma diferença de 8,2% a mais que exigirá aos cidadãos estratégias para melhor administrarem seus ordenados.
