Documentário distinguiu-se da concorrência por sua “originalidade” e leva consigo o prêmio de 1 milhão de Kwanza
O documentário “Fuckin’ Globo”, da realizadora Kamy Lara (2024), foi o grande vencedor da 4ª edição do Festival de cinema documental “DocLuanda 2025”, conquistando o prêmio principal da Competição Internacional.
Com uma abordagem envolvente sobre o movimento de artistas que ocuparam o Hotel Globo, em Luanda, onde sem sensura tratavam de temas sociais, culturais e políticos, “Fuckin’ Globo” conquistou o júri composto por Carlos Ornelas, Miguel Hurst, Latifa Said, Tomas Donela, Irene A’mosi e José Mena Abrantes, que destacou a originalidade e substância argumentativa.
O documentário foi elogiado também por sua crítica contundente e pela forma como articula linguagem visual e conteúdo político.
Além do prêmio principal, orçado em 1 milhão de Kwanza, o festival homenageou ainda o documentário “Memória Viva”, de William Ribodias, com o troféu “Luanda Precisa de Ti”, entregue em parceria com o Governo Provincial de Luanda (GPL), no qual o realizador brasileiro faz uma releitura histórica do Sporting de Luanda, demonstrando o seu papel no desporto e na memória cultural angolana.
Outro destaque foi “Linha de Água”, do realizador português Rui Simões, que recebeu menção honrosa pelo retrato sensível do “art-vista” ambiental Victor Gama.
Entregues na noite desta quarta-feira, 16 de abril, em Luanda, a cerimônia de premiação marcou o encerramento das festividades da 4ª edição do DocLuanda 2025 que teve início no dia 10 de abril, contando com várias sessões especiais, debates, palestras e concertos, reunindo realizadores, críticos e entusiastas do cinema documental no Instituto Camões (Centro Cultural Português), Cinemax Fortaleza e no ZAP Cinemas Avennida, reafirmando assim seu papel na reflexão crítica, na cultura e na preservação e valorização da memória colectiva.
