Artista moçambicana retrata vivências ocultas das águas de Luanda

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Rotina laboral, dramas socioeconómicos e políticos dos homens do mar marcam a subtileza das obras de Cassi Namoda.

De Itália à Luanda a convite da NESR Art Foundation, a artista de origem moçambicana, Cassi Namoda, mergulhou com os amantes da arte em uma profunda e descontraída conversa, conduzida pela encantadora Suzana Sousa, na qual partilhou impressões, sentimentos e seu encanto pela cidade de Luanda, assim como suas obras de arte, respectivas técnicas e fontes de inspiração artística.

Denominda “Vida Aquática”, a artista retratou em seus quadros e registos fotográficos – não só impressionistas mas sobretudo realistas – “o movimento da vida aquática e do seu ecossistema”, ilustrando o quotidiano de pescadores e demais povos conectados ao mar, do nascer ao pôr-do-sol; além das belezas ocultas da Baía de Luanda imposíveis de se enxergar aos olhos virgens da sensibilidade poética, numa mistura de críticas as hierarquias sociais, violência ecológica e exaltação do espírito da contemplação à beira mar no cintilar das estrelas.

Em exclusivo á Revista Outside, Cassi Namoda mostrou-se encantada com o ritmo frenético da cidade de Luanda, assim como agradecida pela hospitalidade do público angolano e de outras nacionalidades que tornaram o espaço demasiado pequeno diante da sublimidade que distingue seus trabalhos, ou seja, sua “arte de ver”.

“A observação de texturas, cores e formas, é uma referência visual constante no meu trabalho. É por isso que considero a vida e as suas experiências como a parte mais marcante do percurso de um artista. É esta capacidade de sentir que pode dar origem a histórias mais significativas e interessantes na pintura e na criação artística”, disse a artista.

Para os próximos momentos, após este encontro no âmbito do intercâmbio cultural e que abre o calendrário artístico da NESR Art Foundation, Cassi Namoda vai apresentar suas obras nas cidades de Nova York e Londres, em setembro.

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