ANPG formaliza contratos de exploração nas Bacias do Baixo Congo e do Kwanza

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Responsável perspectiva produção petrolífera acima de 1 milhão de barris por dia

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) formalizou nesta segunda-feira, 7 de abril, na sua sede, em Luanda, dois novos Contratos de Partilha de Produção (CPP) para os blocos CON3 e KON15 – situados, respectivamente, nas bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza –, com as empresas Walcot, Sonangol Exploração & Produção e Afentra.

O bloco CON3 será operado pela Walcot, enquanto o bloco KON15 ficará a cargo da Sonangol E&P e Afentra, numa concessão integrada no processo de licitação lançado em 2023, dando continuidade, portanto, à estratégia do Governo de (a médio prazo) mitigar o declínio da produção de petróleo e reafirmar Angola como potência energética.

Alcides Andrade, Administrador Executivo da ANPG, em representação do PCA, Paulino Jerónimo, referiu que os contratos hão-de permitir um melhor aproveitamento do potencial energético nessas localidades com vista atender as aspirações do Executivo. “Mais do que compromissos empresariais, estes contratos são instrumentos estratégicos que garantem a continuidade da produção nacional, promovem o aproveitamento eficiente do nosso gás natural e asseguram a concretização dos objectivos do Estado no domínio dos recursos energéticos”, disse.

O responsável referiu também que, por conta do Decreto Presidencial n.⁰ 12/18 de 15 de janeiro que permite maior abertura à exploração, produção e monetização do gás, e no âmbito da estratégia de atribuição de concessão 2019-2025, o país tem avançado com projectos significativos, razão pela qual, nos últimos 5 anos, a ANPG atribuiu mais de 40 concessões, um número que deverá aumentar para 50 até ao fim do presente ano.

Relativamente a potenciais impactos da política externa ao sector petrolífero, como as advindas dos Estados Unidos sob a administração Trump, Alcides Andrade respondeu que o Executivo não está receoso, mas apenas focado na produção. “A produção petrolífera de Angola alcançou, em 2024, uma média diária superior a 1,1 milhão de barris. A meta do Executivo é manter este patamar nos próximos anos. Estamos focados em garantir que a nossa produção se mantenha acima de 1 milhão de barris por dia. Todas as acções que temos empreendido visam esta sustentabilidade a médio e longo prazo. Não estamos receosos. Estamos focados nas acções que controlamos. O que está fora do nosso alcance monitoramos com atenção, mas o essencial é que sejamos competitivos para atrair investimentos”, garantiu o Administrador Executivo da ANPG.

No que concerne aos investimentos privados, Alcides Andrade concluiu que já se fez muito ao longo dos 50 anos de independência, enfatizando os avanços na exploração de águas profundas e ultra profundas, no entanto admitiu que ainda assim urge a necessidade de modernização e sustentabilidade do sector, “garantindo que as condições estejam criadas para que os investidores tragam tecnologia e capital, assegurando os benefícios para o país e para o povo”.

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