O encarregado de Negócios norte-americano em Angola e São Tomé e Príncipe, James Story, reiterou quarta-feira, na cidade do Huambo, o compromisso do seu país, em continuar a financiar a execução de projectos relacionados com a desminagem das localidades e infra-estruturas situadas ao longo do Corredor do Lobito.
O diplomata norte-americano fez este pronunciamento após visitar as instalações da empresa de desminagem The Hallo Trust e o Centro de Medicina e de Reabilitação Física e Princesa Diana do Huambo, onde assistiu uma demonstração prática do processo de desminagem de um engenho explosivo.
O diplomata que chefiava uma delegação composta por 18 embaixadores de vários países, foi igualmente informado sobre o impacto significativo, que a desminagem terá na perspectiva económica de Angola e no comércio global.
James Story que trabalhou durante dois dias, na província do Huambo, com o objectivo de identificar outras oportunidades de negócios ao longo do Corredor do Lobito, disse que o Governo americano se tem empenhado para continuar a ajudar e financiar o processo de desminagem nesta região, para evitar também o número elevado de vítimas, causadas por engenhos explosivos não detonados, tendo como principais vítimas as crianças.
Na sua intervenção, o embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) James Story afirmou que, Angola é o único país no mundo, que está a pagar a sua própria conta, naquilo que diz respeito ao processo de desminagem, actividade desenvolvida por várias empresas privadas da área, com destaque à Organização Não Governamental The Hallo Trust que já opera no país há muitos anos.
Destacou que o Corredor do Lobito tem o potencial de gerar biliões de dólares em comércio entre a África, América e outras regiões, transportando pessoas, mercadorias e minerais preciosos.
Depois de ter ouvido as informações detalhadas, sobre o impacto do processo de desminagem em curso no país, o diplomata disse, estar muito orgulhoso daquilo que viu, do essencial papel que a The Hallo Trust e outras organizações anti-minas têm desempenhado, em revitalizar o Corredor do Lobito.
E o director regional da The Hallo Trust para África, Rob Syffret durante a visita dos 18 embaixadores às suas instalações, explicou que se estimam, que ainda existem 192 campos minados, localizados ao longo do Corredor do Lobito, em municípios adjacentes, principalmente nas províncias do Bié e Moxico.
O director regional da The Hallo Trust para África, Rob Syffret deu a conhecer, que o Corredor do Lobito é vital, para o comércio, mas estava repleto de minas terrestres e os sapadores da The Hallo Trust, já destruíram milhares de engenhos explosivos ao longo do trajecto, mas ainda restam quase 200 campos por desminar, o que indica que há muito trabalho pela frente.
União Europeia
Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais manifestou que tanto a União Europeia quanto outros países representados em Angola, nomeadamente a Itália, Alemanha, Holanda, Noruega e outros, têm contribuído muito no processo de desminagem para tornar o país livre de minas.
